domingo, 28 de junho de 2009

De mala e cuia

Você duvida que os homens são capazes de planejar surpresas? O problema é quando, ao invés de supreender, eles assustam.

Carolina, 22 anos, e Daniel, 24, namoravam há dois anos e meio quando ela decidiu morar seis meses em Londres para estudar inglês. Passados três meses, Daniel quis visitá-la. De férias do trabalho, ele propôs passar uma semana em um hotel ao lado da amada. Seria praticamente uma lua-de-mel antecipada. Como toda mulher, Carolina ficou muito feliz e contando os dias para encontrar o namorado. Até que finalmente o grande dia chegou. Ansiosa, Carolina foi buscar Daniel no aeroporto e se deparou com uma supresa. O namorado estava acompanhado de mais TRÊS malas gigantes. Carolina ficou assustada com a quantidade de bagagem para passar apenas UMA semana. Minutos depois veio a explicação: "Meu amor, eu quis te fazer uma SUPRESA e vou ficar aqui com você".

PAUSA: Assim como eu fiquei, muitas leitoras devem estar derretidas e achando a atitude de Daniel fofa. Qual o homem que teria coragem de largar TUDO para ficar ao lado da namorada em outro país? Calma, porque a história continua...

Carolina ficou simplesmente decepcionada com a atitude de Daniel. Por que? Ele desembarcou SEM dinheiro, SEM moradia, SEM falar inglês e SEM poder trabalhar porque só tinha o visto de turista. O encontro, que era para ser romântico, virou um pesadelo. Ela morava em uma casa com 11 pessoas e precisou negociar com o proprietário a estadia para o namorado. E conseguiu apenas uma semana. (Detalhe: eles tinham que dormir em uma cama de solteiro porque não havia espaço na casa para mais gente) Como Daniel não tinha dinheiro, ELA pagou o aluguel dele.

Na mesma semana, Daniel teve uma "brilhante" ideia. Enquanto Carolina estava preocupada em resolver o problema que enfrentavam, seu companheiro "planejava" o futuro. Ele sugeriu esperar o curso de inglês acabar (faltavam 3 meses) e os dois irem para a Itália. Ele tiraria a cidadania e, assim, poderiam CASAR. Essa conversa foi a gota d´água para o casal. Em menos de uma semana, Carolina o ajudou a arrumar uma nova casa e o namoro foi para o espaço.

Daniel ficou inconformado com a separação porque havia atravessado o oceano para ficar ao lado da amada com a intenção de casar. (Só se fosse no sonho dele. Sem planejamento, sem moradia, sem emprego e sem dinheiro fica beeem difícil, né?) Ele, inclusive, a xingou muito. (Prefiro não repetir as palavras de baixo calão) Mas, Carolina estava decidida a não manter a relação.

Ela continuou os estudos e estendeu a viagem para 9 meses e o ex-namorado também ficou em Londres. Fazendo o que? Só Deus sabe.... Eles nunca mais se encontraram lá.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As mentiras que os homens contam

Desde que o mundo é mundo as pessoas mentem. Quantas vezes não mentimos para não magoar alguém? Uma dor de cabeça pra não transar ali, uma festa de família para recusar um convite de um moço mala aqui, uma desculpinha para justificar o esquecimento do aniversário da melhor amiga acolá. Mentirinhas inofensivas!

Algumas vezes mentir é inevitável para se evitar brigas e até mesmo para se proteger. Por exemplo, quando você é surpreendida com a pergunta "Com quantos você transou antes de mim?". Dependendo da quantidade é difícil falar a verdade, mas também qual seria o número ideal? Bom, quem faz essa pegunta deve estar preparado para ou ouvir o que não quer ou ser enganado e ter que fingir que acredita.

Mas as mentiras que vou comentar hoje são aquelas que, de tão deslavadas, subestimam a inteligência de quem escuta. Ser sincero em alguns casos é realmente complicado. Que homem diria: “Sim, eu te traí e ontem na hora em que você foi ao banheiro encontrei uma ex que eu gostaria que virasse a atual” ou “Não te liguei porque não estava a fim”? Para eles é muito mais fácil inventar histórias ridículas.

Pinóquio 1
Após ler algumas mensagens suspeitas no celular de um ex-namorado (do tipo: “Adorei te encontrar ontem mesmo que rapidinho. Beijos, te adoro, saudades.”), o coloquei contra a parede. “Quem é fulana?”. Com a cara mais lavada do mundo, ele respondeu, sem titubear:
“Mari, fulana é uma menininha de 10 anos da minha academia com quem eu troco mensagem...”
Bom, graças a Deus o objeto mais próximo das minhas mãos naquele momento era uma almofada, porque se fosse um revólver ou uma faca, hoje eu estaria escrevendo esse texto de uma penitenciária feminina.
Algumas dúvidas:
1. Desde quando meninas de 10 anos malham em academia?
2. Alguém que troca mensagens com uma menina de 10 anos é praticamente um pedófilo, não?
3. O que uma menina de 10 anos fazia em um show de axé (onde “se encontraram rapidinho")?

Depois da mentira... O namorou terminou, obviamente. Alguns meses depois o encontrei com a “menina de 10 anos”- linda, loira e bem crescidinha!

Pinóquio 2
Chateada com o sumiço de Pedro, um moço com quem estava saindo, Rafaela resolveu ligar para saber se estava tudo bem. Do outro lado da linha Pedro se justificou: “
Desculpa por não ter te ligado mais, é que estou lendo um livro muito complicado”.
Poxa, pelo menos é um mentiroso intelectual!

Depois da mentira... Por ter sido uma mentira leve, Rafaela continuou saindo com Pedro. Mas após dois encontros ele sumiu novamente (provavelmente para ler outro livro complicado).

Pinóquio 3
O namorado de Luciana viajou para o Chile a trabalho e não lhe telefonou nenhuma vez. O motivo? Na cidade onde Flávio se hospedou não tinha telefone....

Depois da mentira... alguns anos mais tarde e certamente algumas mentirinhas a mais, Luciana e Flávio se casaram.

Pinóquio 4
Depois de ficar horas plantada no sofá esperando o namorado, Juliana foi dormir, espumando de raiva. À meia-noite , ele liga pedindo desculpas pelo furo. "Linda, estava voltando de Campinas e você não sabe o que aconteceu. Passei numa lombada e TRÊS pneus furaram..." Por que não avisou antes? Básico, o celular estava sem bateria.

Depois da mentira... Juliana deu um gelo em Rodrigo, mas depois de ele ter ficado plantado na porta de seu prédio e chorado, jurando que a história era verdadeira, Juliana o perdoou.
E você, qual a lorota mais absurda/ridícula/engraçada/inacreditável que você já ouviu de um homem? Conte pra gente!

VALE A PENA LER
As Mentiras que os Homens Contam, de Luis Fernando Veríssimo (Editora Objetiva)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O tempo, o espaço e um dicionário?

Se os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus, por que é que ainda não inventaram um dicionário marciano – venusiano, ou venusiano – marciano? Começo a achar que essa seria uma das soluções para os tão recorrentes colapsos de comunicação que existem entre fulano e ciclana quando começam a estabelecer certo grau de relacionamento...
Não sei vocês, mas eu já cansei de ver o quão difícil (e confesso, HILÁRIO!) tentar traduzir mensagens dos conterrâneos daqueles seres “verdinhos” de Marte (aliás, alguém pode me dizer por que cargas d’água os marcianos são representados na cor verde se eles são oriundos do chamado Planeta Vermelho? – Será que é por isso que só os homens podem ser diagnosticados como daltônicos???).
Enfim, sejam por e-mail, SMS, scrap, testemunho, telefone, fax, sinal de fumaça, cartinha ou post-it, as palavras usadas por ELES parecem ter outro significado no jogo da conquista. Ok, ta certo que ambos, tanto o homem quanto a mulher, estão naquela fase indefinida (aquela que nós, mulheres adoramos chamar de ‘casinho casual’, sabe?), mas será que indefinido também deve ser o código usado ali?
Complexo? Eu explico melhor. É normal (e bem gostoso!) fazer aquele joguinho do “quem vai ligar primeiro?”, “quanto tempo esperar pra responder um e-mail, um torpedo etc.”, “saímos semana passada, espero passar o final de semana para dar sinal de vida?”... Mas, sejamos sinceros: toda e qualquer brincadeira tem que ser muito bem feita para não perder a graça (e convenhamos, não há muitos comediantes bem-sucedidos por aí...). É por essas e outras que começo a achar que além de planetas diferentes, a noção de espaço e tempo também difere e muito quando vistas sob a ótima masculina e feminina. Você duvida?

Tente lembrar daquele começo de troca de e-mails, "torpedinhos", ligações (raras, mas até que existentes) despretenciosas e inesperadas no meio da semana para estabelecer certo contato e, digamos, frequência (?) de comunicação para o desenrolar do "casinho"... Quantas vezes você leu, releu, relatou ou deu simplesmente um "reply" pra melhor amiga te ajudar a DECIFRAR uma dessas mensagens na tentativa de formarem uma "conversa" com frases que fizessem sentido e pudessem ser consideradas um "diálogo"?

Não seria mais fácil se pudéssemos contar com uma ferramenta prática como um dicionário que traduzisse certas sentenças que a nosso olhar de Vênus só podem mesmo fazer sentido em Marte? Abaixo arrisco alguns palpites:

O tempo segundo o dicionário "marciano":
- Amanhã pode significar três dias depois de ontem;
- Semana que vem tem sempre dois finais de semana no meio;
- Quinta-feira às vezes é terça da outra semana;
- Sábado é um dia que pode não existir no calendário marciano...

Em uma outra linha, minha teoria esbarra na onda do cheque sem-fundo... Afinal, não é raro perceber essas mensagens tão repletas de frases sem-fundo - aquelas que desviam atenção ou que servem apenas para sondar o outro lado “da linha”, ou “da tela”, no caso de e-mails e torpedos... Quer exemplos?
1. As famosas frases: “eu andei sumido” ou “você anda sumida, o que aconteceu?” – dependendo do seu grau de paciência (isto é, se a piada ainda está ou não engraçada), às vezes não dá vontade de responder: “continuo percorrendo o mesmo circuito que, aliás, você já sabe qual é”;
2. Argumentos como “incompatibilidade de agendas” é outra frase que começa a soar como “sem-fundo” total: parece aquela mania de paulistano de “vamos marcar uma cerveja”, ou “passa em casa pra tomar um café” só que ele nunca dá o endereço, nunca marca um dia certo e o compromisso passa sempre batido...
3. E um último tópico: o sempre imbatível "xixi no poste"! (Coisas do mundo animal que explicam muito bem porque é que quando a gente menos espera surge um sinal de fumaça do "macho" sondando a fêmea...) É pura necessidade de "marcar território", deixar o cheiro pra lembrarmos que eles existem?! A variação da famosa "carta na manga"...


Well, só o que tenho a dizer hoje é que um dicionário talvez ajudasse, ou uma passagem pro mundo maravilhoso das novelas de Glória Perez... Afinal, se indianos, brasileiros, americanos e árabes, além de falarem e entenderem a mesma língua, conseguem também se apaixonar e se relacionar com uma facilidade ímpar, o fato de os homens serem de Marte e as mulheres de Vênus deve ser um mísero detalhe...

P.S. E mesmo que não fossem, Pandit serve como um tradutor bastante auspicioso para resolver esses impasses...

domingo, 21 de junho de 2009

Esclarecimento

Como o texto "A fila anda", postado na sexta-feira, dia 19/06/09, gerou uma pequena confusão de entendimento, resolvi esclarecer alguns tópicos.

Tópico 1 - Tiago TRAIU Roberta durante as férias com a ex. Ou seja, a fila andou antes mesmo dele terminar a relação com a namorada.

Tópico 2 - Quando o namoro acabou, Tiago, que até então era um gentleman, se transformou em um estúpido. Como um homem pode mudar do dia para a noite?
Comentário: Leitoras, não se surpreendam, mas os homens simplesmente se revelam OUTRAS pessoas quando voltam a ser solteiros. As atitudes, os gostos, os valores...tudo muda. Os caseiros viram micareteiros, os quarentões viram "Tio Sukita", os avessos a bebidas alcoólicas começam a apreciar cerveja e vodka, os esportistas e naturebas trocam a vida saudável pelas batidas eletrônicas, os que fogem do computador fazem Orkut, os mãos de vaca pagam a conta das mulheres com quem saem e se eu continuar só termino amanhã...

Tópico 3 - Nesse caso específico, não acredito numa amizade pós-namoro porque houve traição. Mas, continuo defendendo que é possível manter a amizade com o ex-namorado (sem segundas intenções, claro) quando o relacionamento termina isento de mágoas, rancor e sentimentos ruins. Acho que o afastamento em um primeiro momento é compreensível e necessário para a avaliação do passado, presente e futuro. Se o namoro foi bacana, acho que vale a pena cultivar a amizade.
Comentário: Os DOIS precisam ter esgotado qualquer esperança de reatar. Se a mulher ou o homem usar isso só para se reaproximar do ex, pode ter certeza de que o resultado será o sofrimento.

Você é amiga do seu ex? Ou ele se transformou em outra pessoa que você optou pelo afastamento?

Esperamos o seu comentário.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

“A fila anda”

A história que conto hoje é apenas um gancho para discutir algo que tenho me questionado há muito tempo. Por que quando um relacionamento termina os homens agem como se nunca tivessem se envolvido com a ex? Sim, porque eu já ouvi milhares de histórias (inclusive já vivenciei, infelizmente) em que eles desviam o caminho quando sentem o cheiro dela, fingem que não a conhecem, olham para o outro lado (mesmo que ela esteja a dois passos dele) e tantas outras atitudes covardes. Enfim, vamos à história.

Tiago, 20 anos, namorava Roberta, 20, há quatro meses quando resolveu passar as festas de fim de ano e as férias da faculdade ao lado da família que morava em outro estado. Isso significava quase três meses separados. Como o casal parecia apaixonado, Roberta não imaginou que a distância poderia quebrar o clima de romance. O telefone ajudava a matar as saudades e os dois se falavam todos os dias religiosamente. (Vamos combinar que início de namoro é sempre um conto de fadas, né?)


Depois de mais ou menos um mês distantes e sem aviso prévio, Tiago simplesmente suspendeu as ligações. (Será que a conta telefônica tinha chegado?) Roberta, mesmo angustiada, esperou o fim das férias para encarar a famosa “DR”. Quase um mês de tensão e o “casal” só se reencontrou na sala de aula. ELA esperava uma explicação convincente, mas ELE, sem coragem de enfrentar a situação, disse: “A FILA ANDA”. Calma, leitora! Tiago foi além e completou: “Você é muito mais bonita do que eu e vai arrumar alguém melhor”.

Nesse ponto Tiago tinha razão. Mas, ainda que não fosse um cara que esbanjasse beleza, conquistou Roberta por outras qualidades. E, se ela o namorava é porque havia algum sentimento, oras! Lógico que a justificativa foi mera desculpa esfarrapada: meses depois, Roberta descobriu que durante as férias a fila de Tiago realmente andou. Ele encontrou a ex-namorada e resolveu relembrar os velhos tempos. (Ex é uma desgraça, né? Sei que me encaixo nessa categoria, mas prefiro não viver do passado. Penso que foi bom enquanto durou)

Como se não bastasse o fora mal justificado, Tiago — apesar de muito educado, carinhoso, gentil, cavalheiro, resumindo, um gentleman —, virou a cara para Roberta. Mesmo estudando juntos, ele nem a cumprimentava mais.

A discussão aqui é: observo que esse comportamento não é algo específico de um relacionamento curto ou longo, mas simplesmente da maioria. Os homens quando terminam, mudam da água para o vinho e se revelam frios. (praticamente um ICEBERG) Simplesmente esquecem que durante o namoro dividiram alegrias, tristezas, preocupações e objetivos. Será que esses momentos não significaram NADA? Concordo que por certo tempo o afastamento é o melhor remédio para curar a tristeza, e assim, cicatrizadas as feridas, é possível retomar a relação de amizade e cordialidade com o ex. Falo isso por experiência própria. E posso garantir que a sensação é DELICIOSA.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Vida Com Ela É

O título acima foi escolhido a dedo porque as histórias que contarei hoje, certamente poderiam ser contos rodrigueanos. Inspirada pelo ótimo texto da Melissa e ainda no clima da parada gay (não, eu não estava na Paulista com plumas e paetês rosas) selecionei mais duas histórias verídicas de homens que trocaram suas lindas esposas por outros homens.
1. Paula e Mário viajaram para um resort com Luisa e Felipe, um casal de amigos. Tudo corria na mais perfeira harmonia até a manhã em que as amigas ficaram prontas para aproveitar o sol e o mar, enquanto seus maridos "preguiçosos" ainda estavam de pijama. As moçoilas desceram na frente e esperaram, esperaram, esperaram... Já nervosa, Paula tomou a iniciativa de voltar ao quarto para saber o motivo da demora. "Será que o marido tinha dormido novamente?". Pobre e ingênua Paula, nunca poderia imaginar a cena que presenciaria. Não, Mário não estava atrás do armário com a camareira... Estava em cima da cama com o marido de Luiza. Coitada, nem pôde se consolar com a melhor amiga, afinal o coração dela também estava despedaçado.
2. Enquanto Suzana viajava com os filhos, Jorge ficou em casa com a velha desculpa de que precisava trabalhar. Com saudade, resolveu voltar mais cedo e fazer uma surpresa para o maridão. Ao abrir a porta ouviu risadinhas suspeitas, subiu as escadas correndo e flagrou seu marido e seu irmão no maior rala e rola.
3. Luiz largou a bela Paloma pelo igualmente belo Raul. Mas você pensa que a moça se abalou? Nananinanão. Partidária do ditado "se não pode com eles, junte-se a eles", mudou-se para a casa do novo casal e passou a viver com o ex e seu bofe. Dá pra acreditar?
Bom, só posso dizer que ninguém está livre de passar por uma decepção dessas. O que nos resta, mulherada, é ficar atentas aos sinais, porque com certeza eles existem. Fique de olho se:
* Seus livros da Becky Bloom têm sumido e aparecido debaixo do travesseiro dele.
* Ele frequenta o salão de beleza mais do que você (ok, sei que os metrossexuais estão dominando o mundo, mas tem limite, né?).
* Ele insiste em ir à parada gay e diz que é só para olhar o movimento.
* Ele solta a franga quando toca Macho Man, do Village People (como o personagem do filme Será que Ele É? , de 1997).
Confissão: eu também já fiquei com um mocinho que gostava de músculos e pelos tanto quanto eu, mas foi só um casinho, nada sério. Ele só se assumiu anos depois, após namorar uma amiga minha por 3 anos. Curiosos de plantão, já aviso que conto o milagre, mas não conto o santo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

“Eu gosto de você, mas eu sou gay!”

Imagine quantas vezes Heloísa, 32 anos, repetiu para si mesma essa frase – que, convenhamos, soa mais como um tapa na cara – e serviu como o desfecho de um casamento de 15 anos! (Sim, eu disse QUINZE anos!). O gay da história? Era o marido dela – Marcelo, de 33 anos.

Como cantou Maysa em um de seus clássicos “Meu mundo caiu...” Essa, de fato, seria a trilha sonora perfeita para o colapso de Heloísa naquele fim de noite em que encarou a verdade, nua e crua: seu marido perfeito a traíra e a trocara por outra... pessoa, porque esta, no caso, era do sexo masculino!!!

Na cabeça de Heloísa, um filme de sua vida era projetado para que ela pudesse resgatar uma pista que fosse, um deslize que ela não enxergara naqueles tantos momentos, algo que a fizesse sacar o que havia de errado... Marcelo foi seu primeiro namorado. Ele era lindo, másculo, amigo, carinhoso, apaixonado... Foi seu primeiro e único parceiro sexual (os adeptos de Jonas Brothers que me desculpem, mas é preciso realizar test-drive’s por aí...), um marido e amante perfeito que lhe dera uma filha linda (acreditem, o sexo era frequente e pelo jeito era bom!), hoje com três anos. Enfim, sempre foram apontados como o casal perfeito, vivendo um casamento de sonhos... Hum... Talvez estivesse justamente aí o problema: “quando a esmola é demais, até o santo desconfia”.

Não dava mais para mudar o final do filme, ainda que o enredo indicasse elementos favoráveis, a tragédia foi inevitável. A vida de Heloísa até aquele momento tinha sido uma mentira, construída e alimentada por Marcelo, sem coragem de assumir sua homossexualidade. Sem medir consequências, passou por cima do sentimento de Heloísa para proteger a sua fragilidade e vida dupla. Para ele, conveniência em um casamento de fachada; para ela, muito amor e cumplicidade em um casamento de sonhos...

Ao final de tudo isso, temos um Marcelo aliviado e uma Heloísa despedaçada.

Considerações finais:
- Quem aqui nunca ouviu de alguma amiga aquela seguinte frase: “Ser traída e trocada por outra já é horrível, imagine ser trocada por um homem?”. PRAXE! 9 em cada 10 mulheres diriam essa frase na lata depois de ouvir uma história como essa... (Se você for o número 1 da estatística, não se acanhe... Mas vale avaliar a resposta no divã do terapeuta...).

- Ok, ok. Isso tudo mais parece um belo enredo para compor uma novela do SBT? (entendeu agora o nome do blog?) Mas essa história de fato acontece por aí, acredite! O canal GNT reprisou neste último domingo, dia 14 de junho, o documentário “Meu marido é gay”. Segundo a sinopse, cinco famílias que viveram essa situação revelam as soluções encontradas: a separação ou a manutenção do casamento pelo bem dos filhos. BIZARRO!


Praticidade X Romantismo

Apenas uma pequena reflexão pós Dia dos Namorados...

O feriado passou e foi inevitável ouvir perguntas sobre o que eu ganhei de presente ou o que fiz de interessante para comemorar a data... Sempre me pergunto qual a ferramenta ideal para medir se um casal é mais prático ou mais romântico. Está aí uma boa ideia: usar as datas comemorativas como termômetro! E fui além, pois a variável que destaco aqui é o tempo de relacionamento. Mas espere! Não que essa fórmula seja regra... É apenas um jeito divertido e despretensioso de avaliar onde está o romance na escala de prioridades de um casal. Afinal, se o tempo é “remédio” para tudo, será que ele cura a paixão e faz adormecer o romance? Namoros amadurecidos são mais práticos, enquanto os mais recentes são mais românticos? Aparentemente, a relação tem lá sua lógica, você duvida?

Faça o teste mais abaixo e confira em qual coluna você (ou seja, o casal) se enquadra: coluna dos práticos, dos românticos e tem até a coluna do meio (lembra da zebrinha?)

1. 12 de junho para você e seu namorado é:
a) Um dia cor-de-rosa para namorar muito, declarar o quanto o amor é especial com surpresas, programa especial e, claro, presentes!
b) Um dia depois do dia 11 e um dia antes do dia 13.
c) Uma data comercial, afinal todos os dias do ano são dias especiais para a gente namorar.

2. Quando a data cai no feriado e vocês decidem viajar:
a) É mais um motivo para incrementar a comemoração: pousada romântica a dois, jantar à luz de velas, lareira e reclusão total nos lençóis do quarto.
b) “A ocasião faz o ladrão”: aproveitamos para convidar uma galera de amigos e caímos pra praia!
c) É a oportunidade de unir o útil ao agradável e ainda economizar: os custos com a viagem já valem como presente!

3. O tempo destinado à elaboração dos preparativos, planejamento, compra de presente e demais ideias para a data:
a) No mínimo um mês e meio... Logo que as campanhas publicitárias ou as amigas já começam a falar sobre isso...
(Para as mulheres que acabaram de começar a namorar, elas pensam no dia 12 de junho naquele exato momento do “sim”!)
b) De um dia para o outro está ótimo!
c) Uma conversa de quinze minutos entre o casal, na semana anterior à data, está de bom tamanho...

4. A programação básica e perfeita para o dia 12:
a) Flores, troca de presentes – COM CARTÃO!, um almoço ou jantar especial, uma surpresa (pode ser um programa que o namorado ou a namorada adora fazer) e para fechar: uma noite de amor completa em uma suíte de hotel ou num quarto bem preparado e adequado para a ocasião – detalhe, com a melhor lingerie possível!
b) Cinema, uma pizza e um sexo na minha ou na sua casa, beleza?
c) Um jantar naquele restaurante caro e delicioso que há tempos comentamos de experimentar e uma esticada a dois, mas os detalhes ficam entre nós.

5. Até quanto vale gastar no Dia dos Namorados?
a) Até onde a sua imaginação mandar. Não há limites para celebrar o amor!
b) Uma notinha de R$ 100,00 dá para o gasto!
c) Tudo depende do orçamento do mês... A lógica é a da compensação, a conta é sempre feita em cima de cálculos relativos às próximas datas especiais do casal: aniversário de namoro, aniversário de um ou do outro, da sogra, do sogro, dos pais, etc.

Pronto? E aí? Tá esperando o quê para comentar aqui embaixo qual das letras se repetiu mais vezes no seu teste?

Ainda quer um comentário sobre os resultados possíveis? Ok, se não percebeu, as letras dão na cara as possibilidades dos três perfis: A de amor / B de básico / C de coerente.
Repondeu mais A, já sabe, se obteve mais B, também já faz ideia, se a letra C venceu, está definido. Interpretem como quiser... E não adianta driblar as repostas, você se encaixa em alguma delas, por mais diretas que pareçam, fala a verdade?!

Brincadeiras à parte:
Dia 12 já passou, mas o relacionamento continua, diariamente... Seja ele qual for, como for, quanto tempo tenha e até quando vai durar, a medida e o termômetro só você mesmo é quem pode dosar!



segunda-feira, 15 de junho de 2009

O ex-marido dos sonhos

No livro Comer, Rezar, Amar, a autora Elizabeth Gilbert diz que toda mulher antes de se casar deveria imaginar como o futuro marido agiria em uma suposta separação. Concordo com ela, afinal são pouquíssimos os divórcios feitos amigavelmente, sem estresse e desgaste emocional.
Anita é uma felizarda. Cláudio pode não ter sido um marido perfeito (tanto que o casamento durou apenas 9 anos), mas é o ex que todas as suas amigas gostariam de ter. Além de não abandonar os filhos após a separação (o que é mais comum do que possamos imaginar), sempre foi um pai presente (tanto financeiramente - pagando a pensão direitinho - quanto "paternalmente", levando os pimpolhos para passear e viajar). E, passadas as mágoas, tornou-se amigo da ex e de sua família. Que ex-marido paga o tratamento dentário da ex-mulher, a acompanha em uma cirurgia e faz o seu imposto de renda? Visita o ex-sogro que mora no interior pelo menos uma vez ao ano? Cuida dos trâmites burocráticos quando a ex-sogra falece? Comemora o dia dos pais, das mães e aniversários com a "família" toda reunida?
Sim, esse homem existe e tenho o orgulho de dizer que é meu PAI, que hoje completa 59 primaveras. Ao meu melhor amigo, os meus parabéns!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

“Deu R$95,38 para cada”

Foi com essa frase que Bruno, 29 anos, teve a proeza de quebrar o clima de romance que rolou durante um jantar com Fernanda, 29. Detalhe: Bruno convidou, escolheu um dos restaurantes mais badalados e descolados de São Paulo e fez questão de indicar a bebida, os pratos e a sobremesa que ambos degustaram. Se a intenção do “bom moço” foi surpreender, até certo momento, ele conseguiu. Aliás, a noite começou bem.

Bruno foi buscar Fernanda em casa e, inclusive, abriu a porta do carro. (Dá para contar nos dedos quantos homens fazem isso, certo?) Durante o caminho ao restaurante, a conversa foi ótima e o casal — que se conheceu há 10 anos, mas perdeu contato e só o retomou graças ao Orkut — descobriu que tinha várias coisas em comum.

O local escolhido era agradável e exalava romance, o bate-papo rendeu boas risadas, a comida estava deliciosa até que a conta chegou à mesa. Bruno, um tanto quanto pensativo, ficou observando o pedaço de papel por alguns segundos (Será que o garçom tinha cobrado garrafinhas de água a mais?), em seguida encarou Fernanda e, sem rodeios, DIVIDIU o gasto: “Deu R$ 95,38 pra cada!”.

Que papelão! Se ele não tinha condições de bancar o programa a dois, por que não a levou em um lugar que poderia pagar a conta inteira? É vergonhoso um homem à beira dos 30, passar por um adolescente que vive de mesada. Nem preciso dizer que o jantar acabou com um beijo no rosto e cada um na sua casa.

Bruno continua tentando sair com Fernanda, mas ela já o riscou da lista. Afinal, se nós mulheres não acharmos que valemos muito mais que meros R$ 95,38, quem mais irá achar? E se você tem um pingo de bom senso, irá concordar que cavalheirismo não sai de moda, nem mesmo no século 21. Agora, não ache que estou defendendo que o homem deva pagar a conta sempre, mas convenhamos: o mínimo de gentileza e delicadeza nos primeiros encontros, não faz mal a ninguém...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

“Fica bem, você vai sair dessa”

Betina, de 24 anos, e Rodolfo, de 26, namoravam há três anos e meio e tinham planos de trocar alianças. Um mês após uma viagem romântica onde fizeram juras de amor à beira da lareira, Betina foi surpreendida com a frase: “É melhor pararmos por aqui”. Pararmos o quê? A conversa? Não, o namoro! Não haveria problema algum Rodolfo propor o término assim se não fosse pelo telefone, às 23h30, durante uma conversa rotineira antes de dormir. E simplesmente porque Betina concordou que ele saísse na sexta-feira só com os amigos, mas disse que gostaria de vê-lo ou de ir junto já que só se encontravam no fim de semana. Será que se Betina tivesse concordado numa boa com a saída de Rodolfo, sem argumentar, o namoro teria continuado por mais algum tempo? Ou ele encontraria outra desculpa para terminar a relação?

Betina insistiu em saber os motivos do término, mas não obteve resposta. Rodolfo disse apenas: “Mais pra frente a gente conversa”. Mais pra frente quando, meu bem? No caso, Betina está esperando uma explicação convincente até hoje, cinco anos depois.

Para piorar:
Alguns dias depois, Rodolfo ligou pedindo para Betina deixar suas coisas na portaria. Ainda querendo uma explicação (merecida), ela passou duas horas sentada no hall do prédio até que o ex chegou e quase enfartou ao vê-la. Nesse dia, mais duas pérolas foram ditas:

Pérola 1 - “Perdeu o encanto”. Se você nunca ouviu essa frase de um namorado, você deve ter ouvido algo parecido, como “nosso namoro caiu na rotina” ou “preciso de um tempo para curtir a vida”.

Pérola 2 - “Fica bem, você vai sair dessa”. Se só Betina estava “nessa”, Rodolfo parecia já estar em outra. Bingo! Uma semana depois ele aparece no aniversário do irmão acompanhado de uma colega de trabalho, com quem se casou.

A causa?

Quando é hora de terminar um namoro os homens parecem ingerir uma dose de imaturidade, insensibilidade, covardia e pânico (?). Afinal, qual a dificuldade de serem honestos e colocarem tudo em pratos limpos? Será que não merecemos um mínimo de consideração pelo que fomos e vivemos enquanto tudo ainda eram flores?

A consequência?
Como na maioria dos casos, Rodolfo virou a página e iniciou uma nova história (que cá entre nós já existia, ?), enquanto Betina (como milhares de mulheres) se traumatizou e até hoje fica com o pé atrás de mergulhar de cabeça em uma nova relação, sempre com medo de que a história se repita.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mel, a mina?

Voltando um pouco à minha adolescência, eu sempre fui: A Mina! Mas não vá achando que eu era aquela desejada por todos os caras, a "gostosinha" que todos pagavam pau e queriam tirar uma lasquinha, não. Muito pelo contrário; eu era a mina AMIGA! Brother mesmo, manja? A mais bacana, a descolada, a “truta” dos meninos, confidente mesmo, a que arrumava as "gostosinhas" pros amigos ficarem... ou seja, eu era A PONTE! Sempre fui o link... Parece que eu entendia o que os caras queriam, ou sabia o que as meninas queriam que os caras soubessem... alguma coisa assim... Deixando os complexos da adolescência de lado (encanação com quilinhos a mais, falta de vaidade, roupas estranhas e uma certa aversão ao estilo ‘girlie’ – muito glitter e cor-de-rosa); vai ver que eu sempre falei ou achei que falava a língua deles, pois sempre tive muitos amigos homens e tenho até hoje. Tá certo que colecionei algumas paixonites platônicas nesse ínterim, mas garanto que passei por tudo sem grandes traumas e com deliciosas recordações... O tempo passou (e graças a Deus que ele passa mesmo!), pois só assim deixei de duvidar que eu seria capaz de viver relacionamentos de verdade. Acreditem: há uma tampa para toda panela nesse mundo afora...

Para concluir, o que interessa de todo esse blablabla aqui é que, independentemente da fase ou dos círculos de amizade, sempre me diverti horrores com as histórias, rolos, encontros e desencontros de um e outro da turma, desse com aquela, com o outro e depois mais outro... Enfim! Por isso, quis fazer parte desse time de mulheres aqui do blog para dividir, comentar, cutucar, refletir, indagar e DUVIDAR, com todas as forças, se é possível tanta bizarrice acontecer nessa aventura de relacionar-se... Você duvida?