quarta-feira, 29 de julho de 2009

O pé na bunda virtual que virou obra de arte

Tinha preparado um outro texto para essa semana, mas como o post da Fabi ("E-mail bomba") foi bastante comentado, resolvi pegar uma carona nele e escrever sobre o mais famoso pé na bunda virtual - o que a artista plástica francesa Sophie Calle levou do escritor francês Gregóire Bouillier, em 2004.
Para quem não sabe, o namoro de Sophie e Gregóire terminou com um E-MAIL enviado por ele e cuja última frase era: "Cuide de você" (em francês, "Prenez soin de Vous"). Você pensou: "cachorro!"? Porque foi isso que pensei antes de ler mil matérias sobre o assunto (inclusive o próprio e-mail traduzido) e de assistir a uma palestra com o casal na FLIP (a Festa Literária Internacional de Paraty). Daí, comecei a mudar um pouco de ideia e a formar minha opinião.
Sophie foi pega de surpresa (será?) e, não sabendo como responder ao e-mail (você saberia?), resolveu transformá-lo em arte. Distribuiu a carta virtual a 107 mulheres, entre amigas e desconhecidas (atriz, jornalista, psicanalista, taróloga, criminologista, dançarina etc.) e pediu que elas interpretassem e comentassem o texto. O resultado é a exposição "Cuide de Você", que está em cartaz no Sesc Pompeia, em São Paulo, até 07 de setembro (Rua Clélia, 93, Pompeia; de terça a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 20h) e poderá ser visto no MAM da Bahia, em Salvador (Av. do Contorno, s/nº, Solar do Unhão), de 22 de setembro a 22 de novembro.
Mas vamos ao e-mail, que você pode ler em http://vejasaopaulo.abril.com.br/red/170609/carta-sophie.html Terminar por e-mail pode não ser a coisa mais educada e honesta, mas, às vezes, pode ser o único jeito. Na palestra da FLIP, Sophie me pareceu meio maluca. O que pensar de uma mulher que a cada aniversário convida o número de pessoas correspondente a sua idade e mais um para o ano seguinte? Por exemplo, quando completou 37 anos convidou 36 amigos e pediu para que um deles levasse alguém que ela não conhecesse, que representaria a idade que ela estava fazendo (esse alguém foi Gregóire). E de uma mulher que não abre os seus presentes, guardando-os embrulhados em uma vitrine para abrir quando se sentir sozinha? E que enviou a sua cama por SEDEX para um homem que lhe escreveu dizendo que queria dormir na cama dela?
Depois da palestra em Paraty fiquei pensando se Gregóire não havia tentado terminar com ela pessoalmente e não conseguiu. Depois, li uma entrevista com ele na revista Marie Claire de junho e ele disse exatamente isso, que tentou lhe telefonar, mas ela "fugiu" da conversa. O jeito foi deixar o término registrado por escrito.
Não estou aqui defendendo Gregóire. De jeito nenhum. O e-mail dele é daqueles bem típicos, em que o homem coloca a culpa nele (do tipo "você é muito para mim"). O problema não era Sophie, era ele que não conseguia ser fiel... Um dos trechos diz: "aconteça o que acontecer saiba que nunca deixarei de amar você da maneira que sempre amei desde que nos conhecemos, e esse amor se estenderá em mim e, tenho certeza, jamais morrerá" (que amor é esse? Você ama, mas não quer ficar junto?)
Bom, só quis comentar essa história aqui no blog para mostrar que cada caso é um caso e que os homens não são sempre os culpados de tudo (existem muitas mulheres péssimas também). O próprio Gregóire disse que aceitou o convite para a FLIP para "mostrar que não cometeu todos os erros".
Eu poderia simplesmente pegar o e-mail e ser a 108ª mulher a colocar Gregóire como o vilão, sem averiguar qual o papel da Sophie nessa história. Mas o que tentamos fazer nesse blog é contar histórias, nas quais o comportamento masculino (no nosso ponto de vista) é desprezível. Portanto, histórias positivas e bonitinhas, e aquelas em que as mulheres contribuem para que os homens tenham certas atitudes, serão deixadas de lado, pelo menos por mim.

sábado, 25 de julho de 2009

E-mail bomba

O fim de qualquer relacionamento não é nada fácil. Tanto homens quanto mulheres têm todo o direito de romper quando não há mais amor, mas convenhamos que o momento merece uma conversa sincera e cara a cara. Infelizmente, não foi o que aconteceu com a nossa leitora Gabriela, 27 anos. Ela nos enviou um e-mail contando o fim trágico do seu namoro.

Gabriela e Renato, 27, namoravam há 5 anos quando ele recebeu uma proposta para trabalhar na Europa. Gabriela pensou que seria o fim da relação, mas Renato estava convencido de que o namoro poderia continuar se ela fosse morar com ele. Feliz da vida, a moça concordou. Como ela estava estudando para o exame de qualificação de doutorado, Renato partiu antes.

Mesmo nas nuvens, Gabriela sentia que alguma coisa errada estava acontecendo. Até que resolveu perguntar para o namorado se ele realmente estava disposto a dividir o mesmo teto com ela. A resposta? "Preciso pensar".

Como a distância impedia que o papo fosse pessoalmente, Gabriela ficou esperando um telefonema ou uma conversa pelo computador com a câmera ligada. Mas, a única coisa que ela recebeu foi um E-MAIL. Sem dar explicações ou justificativas, ele disse: "Acho melhor terminarmos". Covarde! Inconformada, Gabriela insistiu para saber os motivos, mas só depois de alguns dias, escutou: "Quero ficar um tempo sozinho para curtir os amigos". (Os personagens mudam, mas a história é sempre a mesma. Quando chega o momento de construir uma vida a dois, os homens simplesmente pulam fora. Ops! Precisam pensar, têm mil e uma dúvidas, querem curtir a vida mais um pouco, se acham novos, enfim uma infinidade de desculpas. CINCO anos de namoro não foram suficientes para ele pensar???)

Um mês depois, Renato mandou outro e-mail para a ex, mas desta vez, era para contar as novidades. Uma delas era que ele viria para o Brasil acompanhado da NOVA namorada. Como "bom" moço, ele queria apresentá-la aos amigos e à família. A cara de pau dele foi além. Renato contou para a ex que conheceu a atual no mesmo final de semana que eles terminaram. (Será?) E, por fim, convidou-a para almoçar quando ele chegasse ao Brasil.

Final da história: Passados TRÊS meses do término, Renato já estava noivo da nova namorada e CASOU um ano e meio depois. (Quem exatamente disse que precisava pensar, queria ficar sozinho e tinha que curtir os amigos? Como diz a Mel, é necessário um dicionário para entender cada palavra do sexo oposto. Aliás, o problema é que eles desconhecem o significado da palavra SINCERIDADE)

Leitoras, façam como a Gabriela e mandem as suas histórias para eutambemduvido@gmail.com
Ah fiquem tranquilas que os nomes reais serão preservados.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O príncipe virou um sapo

Laura estava animada! Seu encontro com o jornalista Carlos, um ex-colega de faculdade, tinha tudo para ser perfeito. Um quarteto de cordas austríaco no Teatro Municipal era o programa dos sonhos. Estava tão feliz que nem se importou em pagar R$200 pelo convite.
Uma semana antes do tão esperado dia, Carlos ligou e propôs que se encontrassem no Teatro (Como assim ele não iria buscá-la?). Ao desligar o telefone, um pouco decepcionada, sentia que seu dia de princesa tinha perdido um pouco do brilho.
No sábado, estava linda em seu vestido verde! (Merecia que um gentleman viesse buscá-la em casa, esperasse do lado de fora do carro e abrisse a porta para ela. Mas como nem tudo é perfeito...). Após se perder pelas ruas do centro da cidade, enfim chegou ao teatro. Carlos já estava lhe esperando... Ele e um AMIGO, que carregava uma mochila (?). Como estava alguns minutos atrasada, sugeriu que entrassem. Foi quando Carlos lhe informou que ela teria que entrar sozinha porque ele e o amigo ainda não tinham convite. Iriam esperar a apresentação começar para comprar os ingressos que sobrassem e que costumam ser vendidos a R$10. (Vocês se lembram de quanto Laura pagou? Só para refrescar a memória, R$200).
Irritada, deixou a dupla dinâmica lá fora e entrou. Minutos depois, Carlos apareceu e sentou-se EXATAMENTE ao seu lado (por R$190 a menos). A partir desse momento, Laura não se lembra de mais nada. O teto poderia ter desabado que ela não perceberia. Só conseguia pensar: "Burra, Burra, Burra".
Ao final, Laura inventou uma desculpa e foi embora para casa. Seu encontro perfeito se tranformara em pesadelo e, em vez de uma história romântica, tinha mais uma bizarra para contar às amigas.
Depois de vários convites (sempre para concertos) negados por Laura, Carlos se tocou e sumiu. Só reapareceu quatro anos depois. E adivinhem pra quê? Claro! Para convidar Laura para um concerto! Laura não havia se esquecido da catástrofe que fora seu último encontro com Carlos, mas resolveu lhe dar uma nova chance. Quem sabe após tanto tempo ele não estaria mais cavalheiro? (Façam suas apostas).
Novamente marcaram de se encontrar na porta do teatro (Bom, tenho uma amiga que diria: "poxa, vai ver que ele não tem carro").
Mais uma vez Laura escolheu um vestido lindo, clássico, e foi ao encontro do sapo Carlos, com a esperança de que ele virasse um príncipe. Ao chegar, lá estava ele e o MESMO amigo, novamente carregando uma mochila (seria a mesma?). Após esse déjà vu, Laura ficou surpresa ao ver nas mãos de Carlos DOIS convites. Sim, ele comprou o dela (mas preciso informar que dessa vez os preços eram populares e a entrada custava R$7,50, porque eram estudantes). Laura agradeceu, feliz pelo cavalheirismo, mas a alegria durou pouco, porque logo Carlos respondeu: "Tudo bem, depois você me paga um café". Não, não foi uma brincadeira. Após o concerto foram mesmo tomar um cafezinho e na hora de pagar a conta, Carlos abriu a carteira e disse: "Não tenho um centavo". Laura pagou os R$5 (ainda devia R$2,50, já que o ingresso custou R$7,50) e foi embora para SEMPRE da vida do sapo jornalista.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

É dando que se recebe? - FINAL

Apesar de a história (para os que não leram – CONFIRAM o post original mais abaixo...) não ter registrado muitos comentários oficiais aqui no blog, fora dele muitas pessoas ficaram curiosíssimas em saber se:

1. Realmente essa história tinha acontecido de verdade com alguém; (SIM!)
2. O cara foi mesmo tão sacana a ponto de insinuar que Suzana fosse uma “profissional do sexo”; (SIM!)
3. O que aconteceu depois daquela cena BIZARRA... Afinal, o que foi que Suzana fez?

A verdade é:

Ele realmente abriu a carteira assim que percebeu que Suzana estava dando o fora! (porque dentro é que num ia "dar" mais nada mesmo... afe!) E, foi por conta dessa atitude ABSURDA de Reginaldo, que Suzana não ficou para conferir se alguma das alternativas iriam se confirmar... Ou seja, ela nem se deu (desculpem o trocadilho mais uma vez, mas neste caso, ainda bem!) ao trabalho de perguntar se seria a alternativa B ou a C...

Tá bom, eu explico melhor: as duas únicas certezas que tenho é que ela não saiu de lá 50 reais “mais rica”, mas, pelo menos, também não precisou pagar a conta do motel...

O diálogo final se resumiu a isso:

Reginaldo: - Vai mesmo [embora]?
Suzana: - Claro!
Reginaldo: - Que pena...
(pena de quem? Só se for da coitada da xoxota que passou a noite desprotegida correndo um risco de pegar um resfriado...)

Ele volta pra cama e literalmente CAI NO SONO e começa a roncar!
E Suzana (simplesmente!?) saiu de lá agradecendo aos céus por terem evitado que ela cometesse um assassinato no motel – “numa história digna de Nelson Rodrigues”.

Apesar de ter pensado nas três alternativas, sinto muito leitoras, não há uma a ser confirmada. Ficou apenas a sensação de que pudesse ser uma das três e, convenhamos, toda a situação e a atitude do cara a fez imaginá-las!


A resposta do título: Se é dando que se recebe? Nesse caso, valem interpretações...
1. A ideia original de Suzana era essa: uma noite de puro sexo e prazer, bem recompensada para ambas as partes e nada mais. Ou seja, ela daria e receberia prazer, não dinheiro, qualé mané?
2. Dar uma de “homem” (esclarecendo: “sair à caça”), nem sempre parece uma opção viável e com final feliz para o sexo feminino. Ou seja, damos apenas com a cabeça na parede e recebemos uma bela de uma dor na consciência no dia seguinte...
3. A última análise que coloco aqui é justamente essa questão machista que não vem somente dos homens. Implícita na nossa bagagem, educação e valores, até mesmo, nós mulheres, julgamos a situação como propícia para que o tal Mané do Reginaldo pensasse que Suzana só poderia ser puta, depois de uma noite como aquela... (até mesmo Suzana pensou assim)


Por isso, agora, sou eu que pergunto:

Por que é que a gente não pode querer e ter o direito a DAR e RECEBER uma noite de sexo casual, apenas para “resolver” uma necessidade sem que sejamos julgadas como “vagabundas”?


P.S. Azar dos Reginaldos que existem por aí... Vale muito mais uma Suzana bem resolvida e determinada a não se intimidar com uma bizarrice dessa...

sábado, 18 de julho de 2009

Se arrependimento matasse...

Paula, 31 anos, conheceu Fred, 32, por meio de um amigo em comum. Foi em uma balada que os dois trocaram o primeiro beijo. Desde então, Fred se mostrou interessado pela moça. Mandava mil mensagens no celular, levou flores quando foi assistir filme na casa dela, deu presente de aniversário e continuaram saindo com frequência durante dois meses.

Nesse período, ele dormiu duas vezes na casa dela, mas eles NÃO transaram. Claro que isso gerou várias DR´s. Enquanto Paula dizia que tinha o seu tempo, mas no fundo tinha medo de se arrepender, Fred se mostrava compreensivo e PARECIA tentar entendê-la.

Até que num sábado, Paula convidou Fred para mais uma sessão cinema na casa dela, mas desta vez com direito a jantar. Ele ficou de pensar e responder mais tarde. O problema é que Fred simplesmente sumiu e só reapareceu no domingo à noite. Questionado sobre o cano, ele disse:"Achei que você tivesse convidado só por convidar".

Bom, nem preciso dizer que ele SUMIU na segunda, terça e quarta-feira. Só reapareceu na quinta porque a turma (Paula já fazia parte dela) trocou e-mails para combinar a balada de sexta. Ele respondeu que antes de confirmar presença, precisava conversar com uma OUTRA turma que veio visitá-lo.

Paula e os "velhos" amigos foram para um bar (Fred nem deu as caras) e depois foram para a balada. Dez minutos depois, eis que surge Fred com a NOVA turma composta por simplesmente 4 MULHERES. (Leitora, respire fundo para não ter um ataque cardíaco porque a história piora)

O tão romântico Fred olhou para Paula e a cumprimentou com um beijo no ROSTO. Mas, fez questão de, na frente da "ex", beijar na BOCA uma das novas amiguinhas. A balada mal tinha começado, Paula pegou a bolsa e foi embora.

No domingo, o canalha teve a cara de pau de ligar para Paula para pedir desculpas, dizer que estava apaixonado por ela, mas não era correspondido e muito blá, blá, blá. Ele teve a capacidade de discursar durante uma hora e meia, mas Paula não cedeu. (Claro que ele transou com a "amiga" que foi visitá-lo).

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Eu sou o tal!

Paquerar na balada é algo, no mínimo, esquisito. A luz é pouca (o que esconde as imperfeições físicas) e a fumaça de cigarro (pelo menos até o dia 6 de agosto, quando a lei antifumo entrará em vigor) somada a doses de vodka (ou uísque, caipirinha, tequila...) deixam as pessoas meio malucas e fora de si. Fala-se muita bobagem, faz-se coisas que "até Deus duvida". Fica difícil conhecer um bom partido nessas condições, mas sou otimista e sempre acho que vou encontrar o amor da minha vida no meio de uma pista de dança.
O que sobra após uma noitada, além da ressaca, do cabelo e das roupas cheirando a cigarro e do rombo na conta bancária, são muitas histórias para contar. Entre as tantas que conheço, escolhi algumas que tratam de um tipo muito comum na "night" (em homenagem aos meus leitores cariocas) - o aparecido. Sabe aquele cara que quer impressionar, que passa a noite inteira contando vantagem, que diz que "faz e acontece"? Pois é, vira e mexe cruzamos com um desses. Claro, tem mulheres que realmente se impressionam. Mas comigo essa estratégia tem o efeito totalmente contrário - eu passo a achar o cara um babaca e fujo dele. Detesto homem metido. Bom, quando as histórias são verdadeiras, menos mal, o pior é quando o cara come mortadela e arrota presunto.
Nos meus 13 anos de baladas já fui paquerada por "donos de bares", "amigos de artistas", "homens viajados, "poliglotas", "proprietários de carrões". E quando falo que sou chicleteira, então? Chove "amigo do Bell".
Bom, vamos a algumas pérolas:
1. Alice e André conversavam sobre viagens, quando, DO NADA, ele disse: "Sabia que eu conheço o Tom Cruise?"
Alice, que é um íma de pérolas na balada, apenas sorriu e disse: "É? Que legal!". Inconformado com a falta de surpresa e empolgação da moça, insistiu: "É verdade. Você não está acreditando, né? Eu o conheci em um festival de cinema na Itália..."
(Meu bem, você apostou no galã errado. Para o seu conhecimento o Tom Cruise anda meio caído. Quem sabe se seu amigo fosse o Johnny Depp?)
2. Novamente Alice...
Depois daquela conversa inicial ("o que você faz?", "onde você mora?" e o clichezaço "você vem sempre aqui?"), Lucas achou que era hora de dizer algo sobre seus conhecimentos a afim de conquistar a bela e inteligente Alice.
Lucas: Eu sou de família italiana e falo italiano.
Alice: É? (escolada, resolveu testar o rapaz) Fala uma frase pra mim em italiano.
Lucas: Yo...
Alice: (sem paciência) Você quis dizer Io, né?
Lucas: (bravinho) Não, na região de onde a minha família veio se pronuncia Yo (hum, a região seria Barcelona, Madri, Valencia...?)
Alice, irritada com o rapaz, disse que tinha que encontrar as amigas e deu o famoso perdido no paquera poliglota.
3. Sofia conheceu João literalmente atrás de um trio elétrico em Salvador. Se encontraram em vários blocos e lá pela terceira vez em que se cruzaram, após um caliente e apaixonado beijo, João chamou uma menina muito bonita que estava passando, a cumprimentou e a apresentou a Sofia como a "ex-namorada do Paulinho Vilhena". A menina, muito sem graça, sorriu para Sofia e deu um jeito de sair logo dali. Devia estar pensando: "que cara chato". Mal a moça virou as costas, João disse a Sofia: "Bonita, né? Já peguei." (Meu Deus, ele achou que seria um ponto positivo já ter ficado com a ex-namorada de um ator? Ou era sem noção mesmo?). Bom, mal sabia ele que Sofia é um ex-affaire do semifamoso Thierry Figueira. Se descobrir, é capaz de no ano que vem a parar no meio da folia para exibi-la como um troféu à namoradinha do momento.
Mulheres - se tiverem histórias como essas, conte para a gente aqui em baixo, no link "E você, também duvida?"
Homens - quando quiserem impressionar uma mulher: 1) sejam sinceros (nós sabemos quando as histórias são inventadas) 2) Escolha o momento certo para contar, por exemplo, a marca do seu carro ou quanto você ganha. Na balada, pode passar uma má impressão.

terça-feira, 14 de julho de 2009

É dando que se recebe?

Suzana, 23 anos, estava naqueles dias de apetite sexual aguçado, mas com o agravante de que há meses estava sem sexo... (para se ter uma bela imagem do desespero dela, imagine-se: “beliscando azulejo”, “subindo pelas paredes”, “na seca” etc.). Incentivada por uma amiga, decidiu que não passaria mais um dia sequer na companhia do chuveirinho boçal e sem graça...

“Coloque um vestido, não use calcinha e vá pra balada hoje. Quem decide quando tem sexo ou não é a mulher. Se você quiser, você terá”. Com as palavras da amiga latejando em sua cabeça, Suzana não pensou duas vezes: comprou um vestido e um casaquinho sexy, lindos e CAROS para a grand première (uma bela opening night, com perdão do trocadilho...) - e sua estréia não poderia ter sido mais “abençoada”...

Determinada a dar para o primeiro bonitão que ela avistasse, Suzana parece ter escolhido a dedo o local do casting. O time inteiro de basquete masculino do clube da cidade estava ali e não foi nem um pouco difícil para que ela vislumbrasse os bem esculpidos e torneados músculos distribuídos em 2,06m de Reginaldo, 25 (Manja cachorro olhando e babando pelo “frango” na vitrine de padaria?). Suzana imaginava-se como um carrinho percorrendo aquela montanha-russa enorme, pois só conseguia vê-lo despido, usando apenas uma cueca branca.

Mas, diferentemente de Suzana, Reginaldo não estava usando os mesmos óculos de visão raio-X e para o azar dela (ou dele?!) não podia enxergá-la sem calcinha por debaixo do vestido. Ao contrário dos baixinhos atrevidos da balada, nenhum daqueles gigantes parecia notar a presença de Suzana e a ausência da calcinha... Depois de muito passar, repassar, esbarrar, tropeçar, olhar, encarar, sorrir etc. pro cara notá-la, Suzana desistiu. Quando entrava em seu carro prestes a dar partida, eis que o belo Reginaldo surge na porta – com copo na mão – e pede pra entrar no carro com ela. A noite não estava perdida... ainda!

Depois de uma maratona em mais 3 botecos, mais bebidas, apostas de quem aguentaria beber mais, o dia clareando e um pit stop em posto de gasolina, o beijo finalmente aconteceu e Reginaldo finalmente propõe uma esticadinha num “outro lugar”. Apesar do pouco glamour da fantasia ao final da noite, Suzana ainda acreditava que valeria a pena a investida: “Eu já tinha mesmo saído sem calcinha, eu já tinha mesmo bebido sem vomitar até perder o sono, já era de manhã e ele era um negão de 2,06m. Eu tinha certeza que ele seria um jumento e q eu seria a mulher mais feliz e satisfeita do mundo depois de horas de sexo”...

Chegando ao motel, Reginaldo pediu o telefone de Suzana e tirou a blusa (tinha sido, de fato, compensador!) E tirou a calça. E ele estava de cueca branca! Ele pediu um boquete e Suzana começou a fazer. E ELE DORMIU.

DUVIDANDO que tenha sido falta de prática, Suzana preferiu acreditar que ele perdeu a aposta e aguentou beber menos que ela: “atletas não devem estar acostumados com essa vida boêmia”, pensou. Tentou desesperadamente acordá-lo, reanimá-lo, mas ele apenas a abraçou e voltou a dormir.

Abraço? Suzana não podia acreditar que depois de todo aquele esforço e doação para a noite de prazer que imaginara proporcionar e receber, ela ganharia apenas um abraço! Ela queria DAR (e convenhamos, também RECEBER!) pois estava sofrendo de carência sexual, não sentimental!

Inconformada, o acordou dando tapas no braço (ai, que forte e grande que era!) dele e disse "Tô indo embora. Tchau!". Assustado, ele se levantou e disse: Peraí, Suzana, Peraí! (pelo menos ele lembrava o nome dela... “Ele vai me comer!”, pensava ela).

Esperando à porta, eis que ela realiza a cena que mais uma vez justifica o nome deste blog...
(leia a seguir e, se tiver estômago para tanto, arrisque uma das alternativas abaixo)
Sobre a reação de Reginaldo, que abre sua carteira, você acha que ele:
a) Saca uma nota de 50 paus para compensá-la pelos serviços prestados – BOQUETE DE NINAR!
b) Confere o dinheiro para garantir se tinha o suficiente para pagar a conta, caso contrário pediria a ela que pagasse ao sair.
c) Confere se todo o dinheiro dele estava lá, afinal, uma mulher sem calcinha que se submete a tudo que Suzana se submeteu naquela noite, só podia ser puta!

BIZARRO!!!

Arrisca um palpite? Comente!
O final da história vem num próximo post...

domingo, 12 de julho de 2009

1 + 1 = 1/2

Dividir a conta é sempre um tema polêmico. Alguns homens defendem a ideia de pagar a conta nos primeiros encontros, enquanto outros assumem a falta de cavalheirismo e a mão fechada logo de cara.

Tomas, 27 anos, e Cristina, 24, namoravam há poucos meses. Num domingo ensolarado, o casal combinou de caminhar no parque pela manhã. Antes do exercício, eles pararam na padaria para tomar um suco e comer um pão com manteiga na chapa. Tomas e Cris estavam em total sintonia até que se dirigiram ao caixa para pagar a conta. O café da manhã do casal deu R$ 9,00, mas mesmo assim Tomas olhou para a namorada e disse: "Deu R$4,50 para cada um". (Não sei se defino a atitude dele como cômica ou trágica) Cris estava sem dinheiro em espécie, mas pagou a parte dela no CARTÃO e Tomas sacou uma nota de R$ 10 e guardou o troco. (Ou seja, ele tinha dinheiro para pagar essa BIG conta) Cris ficou tão decepcionada com a atitude do namorado que o domingo ensolarado transformou-se em um dia nublado para o casal.

Por incrível que pareça, Tomas e Cris namoraram durante sete anos com a condição de que TUDO seria dividido. Tomas dividiu, inclusive, a conta do primeiro encontro. Não importava o tipo de programa, ele sempre solicitava a parte da namorada. Isso gerou inúmeras brigas porque ela começou a perceber que nesse ponto ele não fazia questão de agradar. O dinheiro falava sempre mais alto.

Para algumas mulheres isso resultaria em separação, mas o amor de Cris foi maior e eles CASARAM. Agora os problemas das divisões parecem resolvidos porque eles abriram uma conta conjunta.

Você já passou por situação parecida? Conte a sua história ou DIVIDA a sua opinião.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sr. Kerastase

Baladas com as amigas são sempre divertidas, mas, definitivamente, não são os melhores lugares para encontrar a alma-gêmea. Isso eu garanto, afinal tenho 13 anos de noitadas e apenas UM namorado conquistado na noite paulistana.

Entre uma dose de vodka e outra, uma música e outra, sempre acabo conhecendo pessoas, digamos, esquisitas. Vou contar a mais recente.

Dançava alegremente uma música da década de 90, quando um moço se aproximou.
Ele: Oi! Estava observando você dançar e seus traços longilíneos me chamaram a atenção.
Tudo bem que não foi a primeira vez que um homem destacou essa característica do meu rosto, mas... nunca na balada e, muito menos, como uma forma de aproximação.

Eu: Oi... (achando aquele papo meio estranho)

Ele: E esse seu cabelo, assim preso para trás, reforça ainda mais os seus traços longilíneos (disse, passando a mão pelo rosto)

Muito blá blá blá depois...

Ele: (olhando para as minhas mãos e em seguida para os meus pés) E seu esmalte da mão combina com o esmalte do pé.

Eu: é... (o que dizer?)

Mais blá blá blá

Ele: (passando a mão no meu cabelo, o que eu não gosto, mas enfim...) Nossa! Que cabelo macio, bem tratado... à base de KERASTASE. Aquele verde...

Eu: Você é cabeleireiro?

Ele: (rindo) Não, como te disse sou piloto.

Bom, depois dessa, a minha empolgação que já era quase nula, acabou de vez. Ao menos que ele fosse um representante da Kerastase no Brasil, porque conheceria o produto e, pior, faria referência a ele no meio de um "xaveco"? Não foi um comentário nada másculo...

Leitores homens, vocês sabem o que é kerastase?

Eu fiz uma pequena pesquisa com namorados de amigas minhas e, ou eles não faziam a mínima ideia do que se tratava (poderia ser tanto uma marca de perfume quanto uma banda de axé) ou sabiam que tinha a ver com cabelo, mas não extamente o que era. E conhecer a diferença entre a linha laranja e a verde... JAMAIS!

sábado, 4 de julho de 2009

Meu marido sumiu

A cerimômia religiosa e a festa aconteceram exatamente como os noivos planejaram. Felizes, Soraia, 29 anos, e Guilherme, 32, foram para a noite de núpcias em um sofisticado hotel de São Paulo. De lá, eles partiriam direto para o aeroporto.

Mesmo depois de muita dança e bebida alcóolica, a noite do casal foi de muito amor. No dia seguinte (ou melhor, algumas horas depois), Soraia acordou e percebeu que faltava alguma coisa na cama. Onde estava Guilherme? Pensando que o marido pudesse estar no banho, ela o chamou, mas não obteve resposta. Levantou da cama, procurou por toda parte na luxuosa suíte, mas NADA. Com a esperança de que Guilherme estivesse preparando uma surpresa, ela ligou na recepção do hotel. Do telefone veio a SURPRESA: "Senhora, seu marido saiu no meio da noite com uma mala na mão". E realmente a mala de Guilherme não estava mais no quarto.

Sem processar muito bem a informação, Soraia ligou desesperadamente no celular do marido (ou será ex-marido?), mas só ouviu a musiquinha da caixa postal. Então, decidiu ligar para a sogra e recebeu a notícia de que Guilherme dormiu lá. Aliviada, mas ao mesmo tempo tensa, ela foi encontrá-lo. (Nessa altura do campeonato, eles já haviam perdido o voo para Natal onde passariam a lua-de-mel).

Quando chegou no prédio da sogra, mais uma surpresinha. Guilherme pediu para Soraia NÃO subir. Ele desceu e ao encontrá-la disse: "Eu descobri que não é isso que eu quero. Podemos anular o casamento". (Ele descobriu esse PEQUENO detalhe na noite de núpcias?)

Soraia tentou contornar a situação, mas Guilherme estava decidido a colocar um ponto final na relação. (Será que DOIS ANOS de namoro não foram suficientes para ele descobrir se estava preparado para casar ou se ela era o seu grande amor?)

Fim da história: O casamento foi para o brejo, Soraia entrou em depressão e Guilherme está tentando se descobrir.

Comentário: Quando o assunto é relacionamento, homens e mulheres precisam SEMPRE ser muito claros consigo e com o parceiro. Não importa o tempo de namoro, se o sentimento acabou ou você não se imagina envelhecendo ao lado da outra pessoa, é melhor repensar a relação e JAMAIS fazer planos de subir ao altar. Já está mais do que provado que se o namoro não vai bem, casar NÃO é a solução do problema. Guilherme tem todo o direito de buscar a sua felicidade, mas deveria ter sido HOMEM e conversado com Soraia antes de dizer SIM na igreja.