domingo, 30 de agosto de 2009

O golpe da barriga


Pelo título, bem que poderia ser aquela típica situação que bem conhecemos:
Uma mulher louca, desesperada, mal-amada, sem mais armas ou cartas na manga para prender o “homem” – que com muita dificuldade manteve ali (“malemá”) ao seu lado - e se vê totalmente sem saída a não ser... apelar para uma gravidez forçada!

Mas, n história que contarei aqui , o dono da barriga não é a mulher... Sim, você leu certo! E não!Eu não estou tendo um surto como o roteirista do filme “Junior” com o ex-ator e atual governador do Estado norte-americano da Califórnia...

De uma hora para outra, Yara, 41 anos, encanou no Edson, 26. Ele passou de colega da “firma” a alvo número um (algo como o salvador da pátria, pois ela devia estar há séculos precisando de um “parceiro”...). Sem muito jogo de cintura e atração zero (da parte dele para com ela, claro!), Yara penou um pouco para conseguir atingir seus objetivos e concluir as investidas... Para resumir, mesmo sem muito interesse da parte de Edson, o “namoro” engatou, simplesmente, PORQUE ELE NÃO SABIA DIZER NÃO!

Uma pausa! Votos para as interpretações possíveis aqui:
a) Ele tava sozinho e resolveu experimentar?
b) Só porque é mulher dando mole, tem de comer?
c) Alguma coisa de bom ela devia ter?

Continuando... O tal “namoro” de Yara e Edson desenvolveu-se de forma bem estranha, afinal, era cada vez mais claro (para o Edson!) que ele não queria nada com ela; mas, como ele não sabia dizer não, EMPURRAVA com a BARRIGA!
Ainda assim, Yara não desistia das investidas:
- Queria e insistia para que fosse apresentada à família de Edson;
- Forçava a barra para que ele a assumisse para a turma da firma;
- O introduzia ao seu círculo familiar (acreditem: Edson ia até pra balada com o filho de 17 anos de Yara, e deixava ela em casa!)
Em meio a tantas bizarrices, quais não eram as respostas de Edson? “SIM!”, afinal:
ELE NÃO SABIA DIZER NÃO!
O “namoro” foi carregado e arrastado pela “barriga” de Edson por cerca de 2, eu disse DOIS, anos! Até que Yara (ufa!) finalmente percebeu o golpe da barriga e acordou daquele estado vegetativo...

Não sabem o que ela fez?
Pensem comigo: se o namoro começou porque Edson não sabia dizer não, bastou que Yara reformulasse a sua pergunta... EURECA!
"Edson, eu cansei! Vamos acabar de vez com essa palhaçada?"

Ah! Que alívio!
Uma salva de palmas e um sonoro SIM fazem às vezes do FIM da história...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Lendas urbanas?

Não, são histórias reais. Apesar de serem bem pesadas, resolvi contá-las como um alerta a mulheres que gostam de se aventurar pela noite e se arriscam saindo com homens que mal conhecem.
1. Carla, Matheus e Rex
Na balada, Matheus parecia perfeito - lindo, divertido, bem-sucedido. Os beijos na pista de dança foram tão calientes, que, sem pensar, Carla foi parar no apartamento de Matheus. Amassa daqui, esfrega dali, joga uma camisa pra cá, um vestido pra lá... e Matheus pediu que Carla esperasse um pouquinho porque ele tinha uma surpresa para ela. Abriu a porta do guarda-roupa e de lá saiu um doberman. Seria ele e não o voyeur Matheus o parceiro sexual de Carla naquela noite...
2. De vivo já bastava Caio
Dias depois de uma noite de aventuras no luxuoso apartamento de Caio (um rapaz bonito e rico, que Iara conheceu em uma balada AA de São Paulo), uma feridinha na boca começou a incomodá-la. Achando que era herpes, esperou passar. Como não passou, resolveu procurar ajuda médica. Depois de passar por vários médicos e fazer uma batelada de exames (nisso, já estava há semanas com a tal ferida), recebeu o diagnóstico: "A bactéria que causa esse tipo de ferida só dá em gente morta". Caio era necrófilo. Com sua lábia, atraía mocinhas indefesas para o seu apartamento, as matava, guardava o corpo e depois transava com eles.
Os anjinhos da guarda de Iara estavam a postos na noite em que ela caiu nas garras de Caio e não permitiram que ela fosse mais uma vítima.

domingo, 23 de agosto de 2009

Um par nada perfeito - PARTE 2

Vamos continuar de onde paramos... Mas antes gostaria de contar um detalhe do qual havia me esquecido: No último encontro (o do Bar Brahma), Carlos contou a Joana que viajaria ao Rio de Janeiro a trabalho e a convidou para passar o final de semana com ele na cidade maravilhosa, oferecendo a ela a passagem. Joana recusou, dizendo que achava cedo demais para viajarem juntos e que preferia ir com mais calma. Carlos insistiu bastante, mas no final aceitou o não da "amada".
Após a investigação no Orkut, Joana se lembrou de que Patrícia havia comentado com ela que também tinha se inscrito no Par Perfeito. Com a pulga atrás da orelha, perguntou pelo msn a uma amiga se Patrícia tinha dado sorte no Par Perfeito, e ficou sabendo que sim, que o site realmente funcionava, pois a moça estava saindo com um ótimo partido - Carlos, 28 anos, publicitário, músico e poeta nas horas vagas (essa descrição te soou familiar?). Sim, ambas tinham caído no xaveco do mesmo "príncipe encantado"!
Após a informação, Joana chamou Carlos no msn e disse: "Oi! Nossa, descobri que temos uma amiga em comum".
Carlos: ah é? Quem?
Joana: a Patrícia Pratz.
Carlos: (depois de alguns minutos ausentes) Mas vocês são muito amigas?
Joana: sim, bem amigas. De onde vocês se conhecem?
Carlos: Podemos conversar sobre isso outra hora?
Joana: não.
Carlos: Então, eu estava saindo com ela quando te conheci. Ela é muito legal, engraçada, mas eu quero me livrar dela porque é por você que eu estou apaixonado.
Depois de uma longa DR virtual, Carlos pediu que Joana não procurasse Patrícia, que deixasse ele falar (e terminar tudo) com ela. Joana concordou, mas assessorada pelas amigas, quebrou o pacto e ligou para Paty.
Ao telefone, Patrícia confirmou que estava saindo com Carlos (mas que não estava apaixonada) e que já tinha até conhecido a família (estava num estágio mais avançado do que Joana) e contou que Carlos tinha feito EXATAMENTE as mesmas coisas para ela, na mesma ordem: declamação de poema e "Eu sei que vou te amar" tocada ao violão na casa dele e ao piano no Bar Brahma (vai me dizer que não parece coisa de novela? Carlos é praticamente um serial lover). Ah! E vocês lembram do convite para o Rio de Janeiro. Ele nunca esteve lá. Esse fim de semana foi desfrutado com Patrícia, em São Paulo mesmo (Carlos só fez o convite porque sabia que Joana não aceitaria).
Joana, decepcionada, deletou Carlos de sua vida na hora. Patrícia, indignada, marcou um café com o "Don Juan do Par Perfeito". Em uma conversa tensa, contou que sabia do envolvimento dele com sua amiga Joana e que não queria mais sair com ele. Sabe o que ele disse?
1. Que tinha visto no orkut que elas eram amigas, mas que não achava que elas eram tão próximas (não é muita cara de pau?).
2. Que Joana era legal e tal, mas que ele estava tentando se livrar dela porque o grande amor da vida dele era Patrícia.
3. Que Joana era uma mentirosa e que ele nunca havia se declarado para ela.
O café terminou com Carlos saindo bravinho e cantando pneu pelos Jardins. Logo em seguida enviou uma mensagem no celular de Joana: "Oi. Eu havia te pedido para você deixar que eu resolvesse esse acaso, mas você não me respeitou. Não quero que você me procure nunca mais e eu vou fazer o mesmo" (dá para acreditar que o cachorro ainda ache que está com a razão?)
Final da história: Joana recupera-se de mais uma desilusão e enquanto não vive uma história com final feliz vaidividindo as bizarras com a gente. Já Patrícia resolveu dar uma segunda chance a Carlos, depois de ele lhe telefonar aos prantos... Tsc tsc. É por existir esse tipo de mulher (que aceita esse tipo de atitude e se contenta com tão pouco) que o número de cafajestes aumenta a cada dia.

sábado, 22 de agosto de 2009

Um par nada perfeito - PARTE 1

A bela Joana, 29 anos, nunca havia imaginado que teria de recorrer a sites de namoro virtual para encontrar sua alma-gêmea. Mas depois de tantas decepções amorosas reais, resolveu se inscrever no site Par Perfeito (www.parperfeito.com.br). Suas amigas estranharam, afinal para muitas delas (e preciso me incluir na lista) nesses sites se reúnem todos os losers do planeta. Mas esse definitivamente não é o caso de Joana - bonita, inteligente, doce, de boa família e bem-sucedida profissionalmente (se eu fosse homem, investiria nela, rs).
Após criar seu perfil no site (sem foto) com algumas características físicas e alguns gostos pessoais, sua caixa de e-mails bombou de mensagens de homens interessados. Entre tantos "seres estranhos", um pretendente se destacou. Seu nome era Carlos, 28 anos, publicitário, músico e poeta nas horas vagas. Começaram a trocar e-mails, evoluíram para o msn, até chegarem aos telefonemas diários.
Após uma semana de conversas à distância, decidiram marcar um encontro. Carlos sugeriu o tradicional Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, mas as amigas de Joana, preocupadas com sua segurança, a convenceram a mudar o date para um bar mais próximo de sua casa.
Se primeiro encontro já é tenso, ele fica ainda pior quando é "às escuras". Mas o nervosismo e a ansiedade de Joana passaram logo, pois Carlos se mostrou um cavalheiro e a deixou muito à vontade. Foi buscá-la em casa, abriu a porta do carro e fez um elogio que a deixou mais segura: "Você existe! Nossa, você é muito mais bonita do que eu imaginava" (Joana também achou Carlos muito bonito!).
No bar, parecia que se conheciam há anos (estou falando sério, poi realmente rolou aquele "papo cármico" de "nossa, tenho a impressão de que já te conhecia"). Depois de muito blá, blá blá, o romântico (?) Carlos declamou um poema para a sonhadora Joana, que ficou ainda mais derretida (bom, tenho que dizer que eu teria achado isso meloso demais para um primeiro encontro. Acho que teria ido ao banheiro ligar para minha melhor amiga para contar que estava num encontro com um moço que declama poema na mesa de um bar).
Na hora de pagar a conta (ele pagou, ufa!), Carlos disse que tinha um presente para Joana, mas que ela precisaria ir à casa dele (não tem jeito, 9 entre 10 homens vão propor uma esticadinha logo no primeiro encontro).
A sensata Joana disse que não, mas estava tão fascinada por aquele moço, que depois de ele lhe prometer que não tinha segundas intenções, ela aceitou o convite (vejo essa atitude como uma LOUCURA, pois se pessoas que conhecemos há tempos podem nos supreender, imagina um estranho? Semana que vem postarei uma história que servirá de alerta para mocinhas que se arriscam indo para a casa de homens que mal conhecem). Graças a Deus, Carlos se comportou muito bem e apenas lhe "entregou" o presente. O que vocês imaginam que era?
A. Uma flor
B. Uma caixa de bombons em forma de coração
C. Um porta-retrato com uma foto dele
D. "Eu sei que vou te amar" tocada ao violão
Sim, caras leitoras. Carlos fez uma declaração musical para Joana!
Joana estava nas nuvens e mal dormiu aquela noite. Será que finalmente havia encontrado seu príncipe encantado?
Dias depois, marcaram o segundo encontro. Dessa vez no Bar Brahma, onde Carlos era bastante conhecido dos funcionários, pois já tinha se apresentado lá como músico. Carlos gostava mesmo de fazer surpresas. Dessa vez, levou Joana a uma das salas do bar, onde há um piano, e tocou... (adivinhem!) "Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar..." (ou ele realmente achava que a amaria por toda a vida ou seu repertório musical era um pouco restrito. E qual seria o instrumento musical que ele tocaria no terceiro encontro?)
De volta à mesa, Carlos recebeu uma mensagem no celular e comentou: "É um amigo meu que está fazendo entrevistas para entrar na empresa em que eu trabalho e quer umas dicas" (bom, acredito que Glorinha Kalil diria que não é de bom tom responder uma mensagem não-urgente em um encontro).
Logo em seguida, o celular tocou e ele não atendeu. Quando foi olhar o histórico de ligações recebidas, a esperta Joana, que estava ao seu lado, esticou o pescoço e conseguiu ler na tela o nome Patrícia Pratz (só lembrando que os nomes usados são todos fictícios).
Aquele nome a fez perder o chão. Patricia Pratz era uma amiga sua. Seria a mesma Patricia? O que o nome dela estaria fazendo no celular de Carlos? De onde se conheciam? Mil perguntas passaram pela cabeça de Joana, que teve de engolir o sapo e continuar sendo simpática o resto da noite.
Ao chegar em casa recorreu ao santo orkut (o que seria de nós sem as ferramentas modernas "de investigação"?). Entrou no perfil da amiga Patrícia e viu que ela participava da comunidade feita em homenagem a Carlos, cuja descrição dizia que ele era o homem mais fofo e cavalheiro do mundo. Carlos não tem orkut e eu preciso colocar aqui mais uma de minhas teorias - ok que existam pessoas avessas à tecnologia ou que não queiram se expor (eu tenho vários amigos "do bem" que não têm orkut), mas também conheço alguns rapazes que não o têm para não serem fiscalizados e poderem manter mil casinhos ao mesmo tempo sem serem descobertos tão facilmente. Portanto, olhos bem abertos com mocinhos sem-orkut!
É, Carlos e Joana eram mesmo amigos. Mas qual seria o grau de envolvimento?
Isso você ficará sabendo amanhã, na segunda e última parte desse post.

sábado, 15 de agosto de 2009

Um rapaz irreverente

Em uma pista de dança lotada, Natália e Jorge engataram uma conversa. Nati estava animada, pois Jorge era o seu número (fortinho e descolado) e além disso era jornalista como ela (quer dizer, na verdade ele era publicitário, mas como trabalhava em uma revista de música eletrônica há muitos anos, se dizia jornalista. E isso foi antes da lei que aboliu o diploma de jornalismo, o que mostra que há tempos a profissão está sucateada).
O papo estava agradável até que começaram a conversar sobre música e Natália disse que o Nirvana era uma banda irreverente. Pra quê?
Jorge: "Nirvana irreverente? Hahaha. Imagina, eles são super melancólicos".
Natália: Peraí, o que você acha que a palavra irreverente significa?
Jorge: algo irreverente é algo alegre, sarrista.
Natália: não. Segundo o dicionário, irreverente é aquilo que não faz reverência, ou seja, que vai contra regras e costumes.
Jorge: eu não me apego ao dicionário (claro, ele é um ser tão superior que tem até um vocabulário próprio. É praticamente o menininho do Marcelo, Marmelo, Martelo).
Jorge: Os Mamonas assassinas, por exemplo, eram um exemplo de irreverência (sim, ele estava certo. Dinho e cia eram irreverentes, mas não por serem alegres).
Jorge não suportou discutir com alguém mais inteligente do que ele, deu uma desculpa qualquer e foi embora. Pouco tempo depois estava se esfregando com uma piriguete na parede - uma loira paquita, siliconada, daquelas que mais riem do que falam (e que provavelmente nem sabia quem era Nirvana, quanto mais se eles eram irreverentes ou não).
Um mês depois, Natália recebeu um convite no msn. Ao olhar a foto reconheceu Jorge. Ingênua, achou que ele pudesse ter percebido a sua grosseria e quizesse pedir desculpas ou estabelecer uma amizade.
Jorge: oi
Natália: oi, tudo bem?
Jorge: tudo. Achei seu msn na minha carteira, mas tenho que confessar que não lembro quem é.
Natália: Sou a moça com quem você brigou na balada X.
Jorge: ah, a moça que acha que o Nirvana é irreverente.
Natália: Acho porque realmente é.
Jorge: ahan...
Natália: você não teve a curiosidade de procurar a palavra no dicionário? Que jornalista é você?
Jorge: tenho que trabalhar agora. Um beijo.
A partir desse dia, Natália nunca mais viu a janelinha de Jorge subir no msn.

domingo, 9 de agosto de 2009

Aparecido ou businessman?

No post "Eu sou o tal!", publicado em 16 de julho, comentei que vivo conhecendo "donos" de baladas e "amigos" de famosos. Ontem, conheci mais um.
A música estava alta, a bebida já fazia efeito e no meio de milhares de micareteiros que pulavam ao som da banda Asa de Águia, eu tentava conversar com um mocinho (literalmente falando, porque ele batia no meu ombro).
Papo vai, papo vem, ele perguntou: "Você gosta de balada?"
Eu: gosto, mas não tenho ido muito.
Ele: Por que?
Eu: ah, cansei um pouco. Vou quando é aniversário de alguma amiga ou alguma ocasião especial.
Ele: você pode ir na minha. Sacou um cartão do bolso e me entregou. (Era apenas de uma das baladas que mais amo e a que mais frequento).
Eu: nossa, que coincidência, tenho um aniversário lá na semana que vem.
Não sei se o classificaria como um aparecido - se me perguntou se eu gostava de balada porque queria me contar que era dono de uma e, assim, impressionar, ou se queria apenas conquistar uma cliente para a sua casa noturna. Mas achei estranho porque o assunto surgiu do nada, não foi dentro de um contexto - 'o que você faz da vida?". "Sou dono de uma balada...".
Bom, como uma boa jornalista e curiosa que sou (além de desconfiada), nem preciso dizer que a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi dar um google no cara. E... dessa vez eu conheci um verdadeiro dono de alguma coisa! Será que rola um vip no sábado que vem? Rs

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A teoria do rabo preso

Ciúme: sentimento doloroso causado pela exigência dum amor inquieto, pelo desejo de possuir a pessoa amada, pela suspeita da infidelidade. Assim o dicionário Aurélio define esse sentimento que já foi tema de músicas e filmes e que é o ingrediente básico de toda e qualquer novela. Alguns acham que o ciúme apimenta a relação, outros que ele o destrói. Eu acho que deve haver um limite.

Para o ciúme masculino doentio, aquele que não tem razão de existir (caras obcecados e que perseguem a namorada/esposa sem ela lhes dar motivo algum) eu tenho uma teoria que defendo com unhas e dentes: esses homens têm o rabo preso! Pode ir atrás, que você vai descobrir...

Bruno, 24, era um namorado fofo. Fazia todas as vontades de Stela, 26, a enchia de presentes, vivia preparando surpresas e a acompanhava em programas de índio (como compras no shopping em véspera de Natal e batizado da priminha). Mas como nem tudo é perfeito, ele tinha um “defeitinho”: era muito ciumento e vivia achando pelo em ovo. Vira e mexe criava uma cena digna de novela mexicana.

Ataque 1
Stela resolveu aderir à onda da escova progressiva. Antes de alisar a juba, contou a decisão ao namorado, que recebeu a notícia com a seguinte frase. “Vai alisar o cabelo pra quem? Eu gosto dele assim. Quer alisar para os outros caras, né?” (não passou pela cabeça dele que ela queria alisar o cabelo para ela mesma?)

Ataque 2
Stela e Bruno estavam felizes indo para Barretos, visitar a avó do rapaz e curtir a festa do peão. Lá pelas tantas pararam em um posto para comprar água. Ao descerem do carro, Bruno pegou Stela pelo braço e disse, nervoso: “Está olhando para aqueles cowboys? Lá em Barretos vai ter aos montes”.

Ataque 3
A balada estava bombando, quando Bruno resolveu ir ao banheiro e pediu para Stela esperá-lo na porta. Quando saiu, a encontrou a alguns passos de onde a deixou, olhando para o nada, com seu copinho de vodka na mão. Armou um verdadeiro barraco. Acusou-a de estar paquerando e disse que ela deveria estar exatamente na porta do banheiro, olhando para dentro dele e aguardando ele sair. ANH?

Ataque 4 – fim da linha
Às 8 da manhã de uma segunda-feira o celular de Stela tocou. Era Bruno com uma voz esquisita: “Oi. Estive pensando sobre o jogo de futebol (no domingo, Stela havia ido ao jogo do Corinthians com seu pai, seu irmão e um amigo do irmão. Bruno não foi porque é palmeirense). Você disse que não viu o segundo gol, né? Por que? O que você estava fazendo? O amigo do seu irmão que foi com vocês é aquele com quem você já ficou, né?” (sim, ele estava insinuando que a namorada tinha perdido o gol porque estava beijando o amigo do irmão. Detalhe, acobertada pelo pai...).

E por que Bruno era assim tão encanado? Por que tinha tanto medo de ser traído? Simplesmente porque quem tinha o rabo preso era ele e se ele era capaz de manter mil ex-casinhos em banho-maria, mandar presentes para uma “amiga colorida” todo santo aniversário e ir para a balada escondido, a pobre namorada poderia fazer o mesmo, não podia?

E, infelizmente, esse não é um caso isolado. Existem milhares de Brunos por aí.

Versão feminina: na novela Caminho das Índias temos uma representante feminina dessa teoria (ela pode valer para as mulheres também). A espevitada Norminha (Dira Paes) morre de ciúmes do marido, o guarda de rua Abel (Anderson Müller). Por que? Porque ela é uma pilantra de carteirinha, que diz que vai à feira e vai desfilar seu corpinho na praia, que coloca remédio no leitinho do marido pra ele dormir e ela poder traí-lo sem dó nem piedade. Como diria a Suelen (Juliana Alves), “acorda seu Abel!” E eu digo “acorda mulherada!"

sábado, 1 de agosto de 2009

As mãozinhas

Encontrar um namorado bacana, definitivamente, não é fácil. Já comentamos outras vezes que baladas, bares e afins não são os lugares ideais para procurar. Por isso, Isabela, 29 anos, resolveu dar uma chance para mais um amigo dos maridos das suas inúmeras amigas casadas. Com ótimas referências de Hugo, 32 anos, a moça o conheceu em uma Festa Junina e aceitou o convite para sair.

Hugo foi buscar Isabela em casa e sugeriu irem para um bar. Embora muito tímido, logo falava pouco, conversaram sobre trabalho, família e amigos. Como os dois não haviam jantado, Isabela até achou que depois do bar eles iriam para um restaurante, mas foi surpreendida com a frase: "Vamos pedir alguma friturinha?" Até aí tudo bem, se ele não mandasse ela chamar o garçom e pedir uma porção de pastel. (Homens, tomem cuidado com as gafes. Pedir para chamar o garçom é o fim da picada)

Foram duas horas de bate-papo, quatro chopes e uma porção de pastel e NADA de Hugo se aproximar de Isabela. Já sem assunto, o casal decidiu pedir a conta. Ufa, ainda bem que ele pagou. Desanimada, a moça entrou no carro do rapaz e simplesmente foi atacada. Ele agarrou-a e beijou-a. Surpresa e sem reação, ela retribuiu o beijo, mas já não gostou muito dessa atitude.

Para piorar a situação, as mãozinhas do moço, que se mostrou tão tímido durante o encontro, começaram a ficar inquietas. Elas eram tão rápidas que Isabela precisou, inclusive, segurá-las. O ponto final da história aconteceu quando Hugo disse: "Você quer ir para outro lugar? Vamos para a minha casa?". (Onde foi parar a timidez do moço? Será que ele estava interpretando um personagem?)

Claro que Isabela não aceitou o convite. Por semanas, ele continuou insistindo em marcar outro encontro, mas ela usou as suas delicadas mãozinhas para o excluir do celular.