quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Como NÃO se aproximar de uma mulher

Você vai tomar café da manhã com uma amiga em uma padaria chiquezinha e na mesa ao lado está um moço lindo e charmoso que não tira os olhos de você. De repente, educadamente, ele faz uma pergunta qualquer só para puxar assunto. Você responde e continua conversando com sua amiga. Ao final, o rapaz dá um jeito (inteligente, claro!) de se aproximar novamente e pedir o seu telefone. E assim começa uma linda história de amor... E CABUM, você cai da cama!
Infelizmente, a realidade é muito mais dura (pelo menos para mim). Cenas como essa podem, sim, acontecer, mas sem os toques de romantismo e o final feliz.
Beatriz e Cecília estavam em uma charmosa padaria no litoral paulista. Enquanto tomavam um delicioso café da manhã, folheavam revistas e conversavam.
Sem perceberem, dois rapazes se sentaram à mesa ao lado. Em menos de um minuto, um deles (que chamaremos aqui de Diogo) começou a bombardear as amigas com um verdadeiro questionário:
- O que vocês sugerem do cardápio? Essa seria uma ótima forma de engatar uma conversa/paquera se não tivesse sido seguida pelo clichê: "Vocês vêm sempre aqui?
E o bombardeio continuou com:
- De onde vocês são?
- O que vocês fazem?
- Qual o signo de vocês? (sim, existe homem que faz essa pergunta, tsc tsc)
- Vocês são irmãs?
- Vocês namoram ou são casadas? (como assim? Ele deveria partir do pressuposto que éramos solteiras, não? E que homem pergunta isso em um primeiro contato?)
- Vocês têm filhos?
- Vocês gostam de tomar cerveja? Ontem fizemos um churrasco e bebemos muito...
Bom, faltou bem pouco para fazer a deselegante pergunta: "Quantos anos vocês têm?"
Para piorar a situação, o incoveniente Diogo perguntou: "O que vocês estão lendo?" e praticamente arrancou a revista das mãos de Cecília, que retribuiu com um olhar de poucos amigos.
Enquanto isso, o amigo parecia estar sentindo vergonha alheia.
Na hora de ir embora, apesar de todas as respostas atravessadas que recebeu, principalmente de Cecília (Beatriz também estava incomodada e horrorizada com aquela conversa invasiva, mas ainda assim tentou ser simpatiquinha), foi até a mesa das suas "novas amigas" e entregou um cartão com seu telefone. Agora eu me pergunto, qual a chance de um cara desses receber uma ligação? Bom, de Beatriz e de Cecília ele pode esperar deitado.
PS: O pior de tudo é que eram bonitinhos. Mas por que tão bobos, Meu Deus?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Regra Três

Há tempos estou ensaiando para escrever esse post, algo me impedia e só sei que hoje eu cansei! Cansei dele aqui dentro, incomodando, portanto é hora de sair, seja lá como for... Vamos à história que merece - e muito - ser compartilhada...

O título? Bom, vocês irão entendê-lo melhor ao final do texto...

Patrícia, 28 anos, nunca se imaginou capaz de misturar trabalho com relacionamento pessoal, afinal sempre seguiu à risca a frase: “Onde se ganha o pão, não se come a carne”. No entanto, a vida nos prega peças a todo instante que lá se foi mais uma língua mordida, um cuspe caído na testa, ou qualquer outra expressão que você preferir...

Às escondidas – para não criar maiores problemas e manter a descrição e integridade de ambos (cada um por motivos diferentes que já serão perceptíveis a seguir...) – Patrícia e Arnaldo, 25, mantiveram um relacionamento casual por cerca de nove meses. Em constantes idas e vindas, a rotina do “casal” sofreu interferências de várias naturezas, sendo que a principal delas era um “pequeno” detalhe: Arnaldo era comprometido com Tatiana, 23 anos, sua namorada há cerca de um ano e que morava no interior.

Desculpe-me, mas TENHO que abrir um parêntese aqui:
Complete a frase: “Longe dos olhos...
a) perto do coração".
b) perto da traição.
c) Já perdi de vista!

(não deixe de votar – via comentário mais abaixo – na alternativa que mais acredita e/ou que tome como LEMA para sua vida; comentaremos isso num outro post...)

Claro que já era de se esperar que essa história não acabaria bem para Patrícia, não é mesmo? Sem contar a pobre Tatiana que nem sonhava fazer parte da agenda “weekend” de Arnaldo enquanto Patrícia ocupava os dias úteis! (seria Tatiana o entretenimento dos dias inúteis? Quanta canalhice!)

Já percebendo que Arnaldo não sairia tão cedo de uma situação tão cômoda, Patrícia já tinha encarado a possibilidade de que:

1. Ou ela acabava com aquilo primeiro, partindo pra outra (ou melhor, outro e que este fosse lindo, leve e LIVRE, claro!)
2. Ou ficaria apenas contando os dias para quando uma terceira pessoa aparecesse para que o fizesse encarar uma agenda FULL TIME e não part time...

Bem resolvida consigo mesma e bem certa de que ela não poderia exigir nada de Arnaldo (uma vez que ela já era a outra e não a oficial), Patrícia deu um fim no caso com Arnaldo e sempre esperou, pelo menos que ele viesse a respeitar o ambiente de trabalho, o "laço de amizade" e até mesmo o respeito que criaram (pelo menos Patrícia criou e acreditava que houvesse um) durante o tempo que durou...

Eis que a regra três é FATO!

Nem bem a semana esfriou, Patrícia viu um filme familiar rodando ao vivo e em cores bem ali – no ambiente onde ela mais temia... Arnaldo e Magali, 23 (também colega de trabalho de Patrícia e Arnaldo), protagonizavam trocas de e-mails, encontros às escondidas na casa de Arnaldo, visitinhas, caronas, papinhos no corredor, cafés e outros hábitos que Patrícia reconhecia um a um - e que estava escancarado para os demais na empresa - pois também percorreram os quase 9 meses de relacionamento extraoficial que ela mantivera com Arnaldo.

Sem contar que Patrícia descobriu que isso já ocorria antes mesmo dela dar fim no caso!!!

A terceira pessoa chegou ainda mais cedo do que Patrícia poderia imaginar, ainda que ela sempre soubesse ser inevitável... O que ela só não poderia de jeito algum engolir era que o preço da conta custasse sua exposição e muito menos a perda de sua integridade no ambiente profissional. Portanto, se Patrícia estava na lama, Arnaldo e Magali entrariam no lodo!

Final da história:
- A empresa toda ficou sabendo o que até deus duvida: o quanto Arnaldo era capaz de trair, coçar e sempre RECOMEÇAR! (Patrícia fez questão de contar pessoalmente para todo mundo!)
- Tatiana (lá longe no interior...) nunca soube o quanto foi traída...
- Patrícia se livrou de um belo canalha
- Magali ganhou um de carteirinha – trocou até mesmo o seu oficial (sim, ela também estava namorando...) para ficar com Arnaldo
- Parece que o "novo casal da firma" resolveu vestir a carapuça e já nem escondem os “nhé nhé nhés pra cá e pra lá”
- E já começou o bolão: quem é a próxima vítima?

domingo, 13 de setembro de 2009

Foi comprar uma coca-cola e nunca mais voltou

Fazia muito calor naquela tarde de verão. Enquanto a noiva terminava de se preparar para o tão esperado momento do "sim", os convidados já lotavam uma tradicional igreja de São Paulo. O noivo também já estava no altar, andando de um lado para o outro.
Dez minutos, vinte minutos, vinte e cinco minutos, e nada. A ansiedade do noivo só aumentava, assim como a irritação dos convidados (porque ô tradição mais mau-educada essa de noiva atrasar, viu).
Ninguém sabia o que se passava na cabeça de Luis Felipe, o noivo. Estaria ele imaginando a entrada triunfal de sua namorada de mais de cinco anos? Ou planejando os próximos anos ao lado de sua amada? Ou pensando no discurso que faria na festa? Ou no jogo do Corinthians que estava perdendo? Ou contabilizado as mulheres com quem deixaria de transar?
Suando, Luiz Felipe se aproximou de um dos padrinhos e avisou: "Dudu, vou no bar do outro lado da rua comprar um refrigerante e já volto, está muito quente aqui". Dudu se ofereceu para ir ao bar e justificou que Lucíola, a noiva, poderia chegar a qualquer momento. "Se ela chegar, ela pode esperar um pouco", disse Luiz.
Atravessou o tapete vermelho e saiu pela porta principal da igreja.
Se ele tomou o tal refrigerante, não se sabe. O que é sabido é que quando Lucíola chegou, NADA de noivo. Parece que os minutos de espera foram muito importantes para Luiz fazer um balanço dos prós e contras de se "amarrar" para sempre e, numa atitude um tanto quanto covarde (porque não encarou a noiva e os convidados e disse não na frente do padre?), resolveu desistir do casamento sem dar satisfações.
Vocês podem imaginar a confusão que foi - noiva desmaiando, pai da noiva querendo matar o ex-futuro-genro, convidados bravos por terem gastado uma fortuna com presente, vestido e cabeleireiro...
Mas a única prejudicada foi mesmo Lucíola, coitada. Porque a família, após pensar no que faria com as centenas de bem-casados, os quilos de bolo e as dezenas de garrafas de champanhe, resolveu dar a festa de casamento sem os personagens principais.
Dica da Mari: se você quer casar de QUALQUER JEITO, não se atrase muito para entrar na igreja. Já se você quiser se casar om um noivo que esteja certo de sua escolha e de que você é a mulher da vida dele, atrase-se um pouquinho!