sábado, 7 de novembro de 2009

O homem do pijama azul

Era noite de sexta-feira em Ribeirão Preto e Andreia, 28 anos, foi a um barzinho comemorar o aniversário de Larissa, uma grande amiga. Ao seu lado se sentou Pablo, 30 anos, amigo da aniversariante. Logo começaram a conversar e o senso de humor do rapaz chamou a atenção de Andreia, que já estava começando a achar que aquela festa poderia ser promissora.
Lá pelas tantas, as investidas de Pablo ficaram mais claras e depois de muito blá blá blá rolou um beijo. Como a família de Larissa estava presente, o casal recém-formado decidiu esticar a noite em um outro lugar (que na cabeça de Andreia seria um outro barzinho).
Depois de um tempo rodando pela cidade, Andreia resolveu perguntar aonde estavam indo. "Para minha casa", respondeu o rapaz (como se fosse a coisa mais natural do mundo levar para casa uma pessoa em quem você deu um único beijo). Andreia tentou convencê-lo de que o melhor seria irem a um barzinho, afinal, apesar de não serem totalmente estranhos (já que tinham uma amiga em comum), só se conheciam há poucas horas. Mas Pablo estava irredutível.
Bem alegrinha depois de alguns chopps, Andreia acabou topando, afinal era sexta-feira, o moço era amigo de sua amiga...
Ao entrar no apartamento de Pablo, algo lhe chamou a atenção - os móveis antigos e os bibelôs de cristal espalhados pela sala não tinham nada a ver com um moço solteiro de 30 anos. "Estranho", pensou.
Sem saber ao certo como agir naquela situação inusitada (afinal, tinha saído do bar achando que iria para um outro, e tinha ido parar no apartamento - de decoração duvidosa - de um moço que mal conhecia e com o qual não tinha a intenção de transar) pediu um copo de água. Pablo a conduziu à cozinha pisando leve (como se não quisesse acordar alguém) e sem acender a luz. Com todo o cuidado para não fazer barulho, abriu o armário e pegou um copo. Andreia, então, sentiu que havia mais alguém na casa. Pelos móveis e bibelôs, devia ser a mãe ou, quem sabe, a avó (ou ele seria o Norman Bates?). A situação causou estranheza porque Pablo tinha 30 anos e Andreia não esperava que ele ainda morasse com a família (depois, ficou sabendo por Larissa que a "roommate" de Pablo era sua mãe). E como um homem adulto que ainda mora com a mamãe convida uma mulher que acabou de conhecer para ir à sua casa? Estranho, muito estranho...
Quando acabou de beber a água, pensou que Pablo a levaria para a sala, ligaria uma luminária (ops, no caso daquela casa, um abajur mesmo) e colocaria uma música envolvente. Mas não, o moço começou a "arrastá-la" para o quarto. Andreia disse: "Vamos ficar na sala, é melhor". Mas novamente Pablo não deu muita chance a Andreia. Ao chegarem ao quarto, Pablo trancou a porta (eu, a essa altura, já estaria morrendo de medo, mas Andreia estava tranquila, apenas achando tudo muito estranho. Talvez porque não tivesse lido o meu post "Lendas urbanas".). Ao ser questionado por Andreia sobre o porquê daquela atitude, Pablo destrancou a porta, colocou a chave em cima da escrivaninha e disse: "estava brincando com você. Fechei a porta para você não fugir de mim".
Andreia, sem graça, sentou na beirada da cama. Eis que de repente, o rapaz começa a tirar a roupa. "Ah não", pensou Andreia. Bom, mas como quem sai na chuva é para se molhar, tirar a roupa não era uma atitude muito surpreendente. Mas o que aconteceu a seguir, sim. O rapaz, nu, caminhou até uma cômoda, pegou um pijama azul dobradinho, o vestiu e disse: "ai, nada como chegar em casa e colocar o pijama, né?". (Como assim? Você convida uma moça para ir pra sua casa e coloca pijama? Detalhe, sem tomar banho)
Após essa cena bizarra, Pablo deitou em sua cama, ligou a TV, puxou Andreia para junto dele e, sem beijá-la, começou a agarrá-la.
Com nojo daquele moço esquisito, Andreia se desvencilhou dos tentáculos do homem-polvo e, decidida, disse que ia embora. Sem tentar convencê-la a ficar, Pablo disse que ela teria que pegar um táxi (o cara a leva para a casa dele sem lhe dar muita opção e ainda a faz voltar de táxi? Se bem que a essa altura era mesmo o melhor a fazer, porque fcar mais um segundo com aquele homem seria um pesadelo).
No dia seguinte, Andreia recebeu uma mensagem de Pablo se desculpando e, claro, culpando a bebida (tudo bem que ao beber, você fica mais leve e solto, mas desde quando bebida muda o caráter das pessoas?). Entre o monte de abobrinhas, escreveu que não a levou embora porque estava muito bêbado e poderia colocar a vida deles em risco (parece piada, né? Por que não disse a ela na hora que não tinha condições de dirigir e por isso não a levaria?). Ah, o fato de ele ter colocado o pijama na frente dela, não foi comentado. Ou por vergonha ou porque, talvez, para ele isso seja a coisa mais nornal do mundo. Vai saber...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Quem mentiu?

Queridos leitores, primeiro peço desculpas pela ausência no blog. Estava viajando e juro que não tive tempo de escrever. Mas, o bom de tudo isso é que voltei com o pique total e com “ótimas” histórias para contar.

A atração e a química entre Melina, 26 anos, e Fernando, 29, rolou desde o primeiro encontro. Em duas semanas de intensa relação (telefonemas, mensagens e encontros frequentes), ela o convidou para ir a uma balada. A noite estava divertida até que Fernando SUMIU. Como Melina estava rodeada de amigas, pensou que o paquera tinha ido ao bar. Preocupada, mandou uma mensagem no celular dele e recebeu a resposta: “Estou aqui fora” (leia-se área de fumantes). Mais tranquila, continuou dançando, mas não demorou muito para Fernando aparecer (carinhoso como sempre) e avisá-la que os amigos precisavam ir embora e, como ele estava de carona, iria junto. Ao se despedirem, ele pediu para que ela o telefonasse ao chegar em casa. Logo que o rapaz deixou a balada, eis que surge um homem bonito, na faixa dos 30 e poucos anos, cabelo castanho claro e olhos verdes. Melina já tinha percebido que o moço estava rondando o grupinho de amigas e, claro, achou que ele estava paquerando alguma delas. Bingo! Miguel começou a puxar papo com Melina e, em menos de cinco minutos, solta a bombástica frase: “Vi que você estava com um cara assim e assado (ele descreveu algumas características de Fernando), mas preciso te contar uma coisa. Eu o vi na área de fumante com outra garota”. Para piorar, Miguel insistia em dizer que Fernando até parecia ser um cara sério, mas que as aparências enganam. Mesmo confusa e, claro, com muita raiva, Melina continuou o papo com o seu mais novo “amigo” (será que era amigo mesmo?). Enquanto conversavam sobre outros assuntos, Fernando parecia sentir a turbulência e ligava insistentemente no celular da “ficante” (ou será ex-ficante?) sem obter resposta.
Durante o bate-papo, Miguel mostrou-se interessado em Melina, mas ela não engoliu aquela história e resolveu lavar a roupa suja. Retornou a ligação de Fernando às 3 da manhã, horário em que saiu da balada, e irritadíssima disse que achava melhor eles não se verem mais. Sem entender o que estava acontecendo, Fernando pediu para ela explicar melhor (apesar de não serem namorados para haver cobranças de ambas as partes, acho que respeito é fundamental em qualquer tipo de relação). Óbvio que ele jurou que não fez nada e disse que Miguel jogou sujo para tentar sair com ela. O fato é que até hoje Melina não sabe quem mentiu.

No lugar dela, você acreditaria em qual dos dois? Divida a sua opinião com a gente.