segunda-feira, 31 de maio de 2010

Comemoração frustrada

Sei que não posso generalizar, mas a maioria dos homens (infelizmente) não se preocupa com datas comemorativas. Já para as mulheres é importantíssimo celebrar um aniversário de namoro ou de casamento. E isso não significa presentes caros ou viagens ao exterior (claro que gostamos, mas coisas simples também podem ser surpreendentes). O problema é que não podemos esperar muito coisa dos homens.

Sabrina, 25 anos, e Roberto, 26, planejaram fazer uma viagem para comemorar cinco anos de namoro. Por ser uma ocasião romântica, o casal escolheu um lugar frio, com belas paisagens e deliciosos vinhos. Até aí estava tudo perfeito, porém certo dia Roberto contou para a amada, com a maior empolgação, que tinha convidado a turma de amigos para compartilhar esse momento tão especial. O pior é que alguns aceitaram o convite e começaram a correr atrás dos preparativos. Por sorte (ou azar) de Sabrina, na última hora todos desistiram e eles acabaram viajando sozinhos. Mesmo assim, a viagem não foi tão especial quanto eles esperavam. Tanto é que não demorou muito para a relação chegar ao fim. Será que ele já estava com planos de terminar e, por isso convidou os amigos para animar a trip?

Situação parecida aconteceu com Ana, 27 anos, e Fabio, 32. O casal estava prestes a comemorar um ano de casamento quando ele sugeriu para a esposa passar a noite em um hotel bacana ou viajar no final de semana para Buenos Aires. Feliz da vida, Ana escolheu a viagem. Na hora de comprar as passagens, Fabio pediu para a esposa passar os dados dela para o irmão (se você achou que o irmão de Ana trabalha em uma agência de turismo, se enganou). O marido (muitooo ingênuo) contou que o cunhado (irmão de Ana) iria emitir com milhas as passagens dela, dele e da namorada. Pior do que isso, além de convidar o cunhado, Fabio também chamou os sogros para a "grande festa". Inconformada, Ana cancelou a viagem e o casal acabou comemorando a data em um simples restaurante.

domingo, 23 de maio de 2010

Exibido ou apaixonado?

Como já falei em outros posts, nem sempre apresentação de amigos resulta em boa coisa. Muitas vezes você pode estar simplesmente entrando numa fria. Mas, enquanto não encontramos a pessoa certa, vale se divertir com as erradas (desde que os defeitos sejam no mínimo toleráveis).

Giovanna e Fabricio namoravam há algum tempo e resolveram ajudar os amigos solteiros. Giovanna convidou Rafaela, uma amiga de longa data, para viajar com a turma do namorado no Ano-Novo. Como Rafaela estava livre, leve e solta, aceitou o convite logo de cara.

Durante a viagem, João (amigo de Fabricio) se interessou por Rafaela. E, por incrível que pareça, esse "amor" de verão subiu a serra. O novo casal continuou saindo por 1 MÊS até que chegou o aniversário de Rafaela, que comemorou com uma festa no jardim de sua casa.

Como bom moço, João não quis aparecer de mãos abanando (bom sinal), mas acabou exagerando. Ao chegar na casa da bela mulher, ele entregou um pequeno embrulho de uma famosa joalheria. Quando abriu a caixinha preta, Rafaela se deparou com um lindo anel de ouro branco e pedras brasileiras. Se a intenção dele era surpreender de forma positiva, o efeito foi oposto. Educada, ela agradeceu o presente, mas ficou assustada. Qual a intimidade que eles tinham para o presente ser uma jóia?

Após uma semana, Rafaela decidiu devolver o anel. Além de achar o mimo exagerado, não estava com a intenção de namorar, muito menos, casar com ele. Pelo contrário, foi o ponto final de algo que nem tinha começado. Ah, mas ele não aceitou a devolução.

Se você está achando João um fofo e Rafaela uma bruxa, saiba que a história não acabou. João repetiu a mesma atitude com outras garotas que se relacionou. Para ele não importava o tempo que estava saindo com a menina. Se o aniversário dela estivesse próximo, ele não pensava duas vezes. Ia na mesma joalheria e comprava um maravilhoso presente. Será que ele realmente se apaixonava fácil pelas mulheres? Ou usava a jóia para se promover?

Assim como eu, acredito que 99% das mulheres, gostam de ganhar jóia do companheiro. Mas, isso só deve ser feito quando há a mínima intimidade entre o casal, até para não parecer que a jóia foi comprada por uma questão de facilidade.

domingo, 16 de maio de 2010

Quando os pais têm razão

Raquel tinha 18 anos quando se apaixonou à primeira vista pelo lindo e sedutor Donatello (o pintor renascentista - ou tartaruga ninja - era outro, mas como preciso preservar os envolvidos o chamaremos assim), um pouco mais jovem que ela, durante as férias de janeiro no Guarujá, onde tinham apartamento em prédios vizinhos.
Contrariando o ditado, o amor de verão subiu a serra e eles começaram a namorar, para desgosto dos pais de Raquel, que sonhavam com um rapaz mais promissor para a filha (Donatello, que pertencia a uma família humilde, estava no colegial e não demonstrava intenção de ingressar numa faculdade e muito menos de procurar um emprego). Enquanto Raquel já estava no primeiro ano da faculdade, Donatello ainda estava "no esquema escola, cinema, clube, televisão".
Apaixonada, Raquel enfrentou os pais, que lhe cortaram a mesada, deixaram de pagar sua faculdade e pararam de falar com ela. Foram tempos difíceis. Raquel começou a trabalhar, pediu bolsa na faculdade e passava o final de semana inteiro na casa do namorado, pois não podia convidá-lo para ir na sua.
Sem dinheiro, passavam o fim de semana todo em casa com a família dele, que não era das mais católicas (a mãe e o padrasto viviam quebrando o pau e a irmã mais nova era uma piriguete - apesar de esse termo nem existir na época).
Mas o amor parecia lindo e, assim, viveram durante três anos. Até que, um belo dia, Donatello acordou com uma ideia na cabeça e nenhum dinheiro no bolso para executá-la. Queria comprar uma van para vender cachorro-quente em uma praça perto da casa dele. Nisso, Raquel já estava quase se formando na faculdade.
A namorada boazinha, contente com a decisão do namorado de sair do ócio, se ofereceu para emprestar o dinheiro para a compra da van. Assim, retirou todas as suas economias da poupança e entregou a Donatello. Dizem que pessoas apaixonadas ficam cegas, né? Pois Raquel estava completamente. Não ouvia nem seus pais nem as amigas, que tentavam alertá-la de que Donatello era folgado e se aproveitava dela.
Claro que Raquel não pediu para Donatello assinar nenhum contrato nem colocou o carro em seu nome... Acho que você já pode imaginar o que aconteceu, não? Pouco tempo depois, Donatello deu um pé na bunda de Raquel e se mandou com a van, que afinal era dele. Ele até disse que pretendia devolver o dinheiro, mas 14 anos se passaram e Raquel não conseguiu recuperar nem um tostão.
Hoje, Raquel é casada com um moço que seus pais adoram e tem duas filhinhas lindas. Donatello, da última vez que Raquel o encontrou na rua há alguns anos, estava com um visual meio emo e se dedicando à carreira de modelo (com um book fotográfico debaixo dos braços)... Ah, e nem tocou no assunto "dinheiro emprestado".

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Falta de tempo ou de dinheiro?

Os personagens mudam, mas infelizmente quando o assunto é pagar a conta, a história se repete. Como a oferta de mulher está absurda, os homens não se preocupam mais em agradar. Muitos até acham que é obrigação a mulher dividir a conta já no primeiro encontro. E quando isso não acontece, pode ter certeza que algo surpreendente nos espera.

Beatriz e Fernando, 30 anos, se conheceram por meio de amigos em comum. Apesar de não ter rolado uma atração física logo de cara, Beatriz resolveu dar uma chance para o moço (afinal, os amigos cupidos deram boas referências).

No primeiro encontro, Fernando reservou uma mesa em um restaurante chique de São Paulo, pediu vinho, entrada, prato principal e sobremesa. Na hora da conta, ele não deu chance de Beatriz se manifestar. Pediu logo a máquina do cartão de crédito e pagou o valor integral.

Durante um mês, o jovem casal saiu sem parar e ELE fazia questão de pagar tudo. Entre um convite e outro, rolavam mensagens, telefonemas e muito bate-papo pelo MSN. Tudo indicava que a relação ia para frente. Com essa postura, Fernando foi conquistando Beatriz.

Como sempre acontecia, o casal saiu para jantar no sábado à noite (isso faz uma grande diferença porque geralmente os homens preferem ter o final de semana livre com os amigos para, claro, galinhar). Por estar sem fome, Beatriz resolveu apenas petiscar e tomar um suco. Já seu faminto par comeu entrada, prato principal e sobremesa. Na hora da conta, Beatriz (como fez em outros encontros) perguntou se ele queria dividir. A resposta? "NÃO. PODE PAGAR A CONTA INTEIRA". A moça achou a atitude estranha (até porque nem jantou), mas pagou os R$ 115,00. O pior de tudo foi que após esse encontro, Fernando tomou o famoso chá de sumiço. Será que ele fez de propósito? Como ia sumir mesmo, deixou a paquera pagar para ele...

Durante uma semana ele ficou sem ligar ou mandar mensagem para Beatriz. Como ele é médico, a moça achou que os plantões estavam puxados. Mandou mensagem duas vezes em dias diferentes e as respostas foram demoradas, curtas e objetivas. Para não atrapalhar, a jovem tirou o time de campo e esperou ele se manifestar. Isso realmente aconteceu, mas pelo MSN. A explicação de Fernando (assim como a da maioria dos homens) foi que ele estava com muito trabalho e sem tempo para sair. Aí eu pergunto: Como antes ele tinha tempo????

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Em boca fechada não entra mosca

Algumas pessoas (e aqui digo homens e mulheres) deveriam manter a boca fechada quando não têm nada interessante para falar. Mas não foi o que fez Arthur em seu encontro com Emília.

Depois de tentar convencer Emília a mergulhar, explicando que ela começaria em uma piscina e só quando adquirisse experiência iria nadar com os peixinhos do Mar Vermelho e das Ilhas Maldivas (como se esses lugares fossem logo ali...) e de dizer que não gostava de carros brancos exceto o porshe de um amigo, Arthur cometeu a gafe fatal, que acabou com qualquer chance de um futuro relacionamento (já que um homem fútil, esnobe e preconceituoso não estava nos planos de Emília).

Emília tentou, várias vezes, puxar assuntos "normais", ou seja, que não envolvessem dinheiro. Lá pelas tantas resolveu comentar
sobre o trânsito e o superpovoamento de São Paulo, e contar que recentemente tinha ido ao Shopping Morumbi e, depois de rodar durante 50 minutos pelo estacionamento, teve que deixar o carro com o manobrista da área vip, porque não havia vagas comuns.

Arthur se inclinou sobre a mesa e disse, calmamente: mas Emília, você não pode ir ao Shopping Morumbi porque ele é frequentado pelo povo de Barueri porque tem uma avenida que sai de lá e vai direto pro Shopping.
Emília (que é nascida em Barueri), respirou fundo, inclinou-se sobre a mesa e respondeu: Então, COMO EU SOU DE BARUERI, acho que você está equivocado. Não tem nenhuma avenida que sai de Barueri e vai direto pro Shopping. De que cidade você está falando?.
Arthur, desconcertado: Não, me confundi. Barueri tem lugares bons. Eu quis dizer Diadema.
Emília: Diadema também tem lugares bons.

A merda já estava feita e como diz a minha avó "pior a emenda que o soneto"...

domingo, 2 de maio de 2010

Fora do circuito

Se eu fizesse uma enquete e perguntasse aos homens: Você namoraria alguém que mora longe da sua casa? Provavelmente teria como resposta da maioria: "Depende. Se eu gostasse..." O fato é que a realidade é outra. A distância é sim uma prioridade na lista de exigência dos homens. Como fiquei muitos anos fora do "mercado", admito que a história abaixo me deixou surpresa. Até porque a distância de quase 20 quilômetros nunca foi um problema para o falecido nem para mim. Ou será que sempre foi e eu nunca percebi???

Karen, 28 anos, estava em uma balada com as amigas quando um cara se aproximou. Depois de saber o nome da bela moça, Victor lançou a seguinte pergunta: "Onde você mora?". Ao descobrir que era no Tatuapé, ele, extremamente mal-educado, comentou que era muito longe e saiu andando.

Essa história me fez partir para uma pesquisa de campo e nas conversas de bar com o público masculino percebi que a maioria foge de mulheres que moram fora do circuito (traduzindo: longe da casa deles). Quase todos me contaram histórias do tipo: "Conheci uma garota (no bar, balada, viagem...) e a convidei para jantar. Ao buscá-la percebi que ela morava muito longe da minha casa e decidi desistir dos próximos encontros".

No meu post sobre o sumiço dos homens, citei vários motivos para eles evaporarem do dia para a noite e acabo de descobrir mais um. Isso mostra como os homens estão acomodados. Ao invés de avaliarem outros pontos mais importantes em uma mulher (assim como nós fazemos com eles), se preocupam com a quilometragem do carro.