quarta-feira, 5 de maio de 2010

Em boca fechada não entra mosca

Algumas pessoas (e aqui digo homens e mulheres) deveriam manter a boca fechada quando não têm nada interessante para falar. Mas não foi o que fez Arthur em seu encontro com Emília.

Depois de tentar convencer Emília a mergulhar, explicando que ela começaria em uma piscina e só quando adquirisse experiência iria nadar com os peixinhos do Mar Vermelho e das Ilhas Maldivas (como se esses lugares fossem logo ali...) e de dizer que não gostava de carros brancos exceto o porshe de um amigo, Arthur cometeu a gafe fatal, que acabou com qualquer chance de um futuro relacionamento (já que um homem fútil, esnobe e preconceituoso não estava nos planos de Emília).

Emília tentou, várias vezes, puxar assuntos "normais", ou seja, que não envolvessem dinheiro. Lá pelas tantas resolveu comentar
sobre o trânsito e o superpovoamento de São Paulo, e contar que recentemente tinha ido ao Shopping Morumbi e, depois de rodar durante 50 minutos pelo estacionamento, teve que deixar o carro com o manobrista da área vip, porque não havia vagas comuns.

Arthur se inclinou sobre a mesa e disse, calmamente: mas Emília, você não pode ir ao Shopping Morumbi porque ele é frequentado pelo povo de Barueri porque tem uma avenida que sai de lá e vai direto pro Shopping.
Emília (que é nascida em Barueri), respirou fundo, inclinou-se sobre a mesa e respondeu: Então, COMO EU SOU DE BARUERI, acho que você está equivocado. Não tem nenhuma avenida que sai de Barueri e vai direto pro Shopping. De que cidade você está falando?.
Arthur, desconcertado: Não, me confundi. Barueri tem lugares bons. Eu quis dizer Diadema.
Emília: Diadema também tem lugares bons.

A merda já estava feita e como diz a minha avó "pior a emenda que o soneto"...

Um comentário:

Lúcia disse...

hahahaha, homem sem noção é o que mais aparece. Por isso que a gente se apaixona fácil pelos que são normais!

beijos,