sábado, 22 de agosto de 2009

Um par nada perfeito - PARTE 1

A bela Joana, 29 anos, nunca havia imaginado que teria de recorrer a sites de namoro virtual para encontrar sua alma-gêmea. Mas depois de tantas decepções amorosas reais, resolveu se inscrever no site Par Perfeito (www.parperfeito.com.br). Suas amigas estranharam, afinal para muitas delas (e preciso me incluir na lista) nesses sites se reúnem todos os losers do planeta. Mas esse definitivamente não é o caso de Joana - bonita, inteligente, doce, de boa família e bem-sucedida profissionalmente (se eu fosse homem, investiria nela, rs).
Após criar seu perfil no site (sem foto) com algumas características físicas e alguns gostos pessoais, sua caixa de e-mails bombou de mensagens de homens interessados. Entre tantos "seres estranhos", um pretendente se destacou. Seu nome era Carlos, 28 anos, publicitário, músico e poeta nas horas vagas. Começaram a trocar e-mails, evoluíram para o msn, até chegarem aos telefonemas diários.
Após uma semana de conversas à distância, decidiram marcar um encontro. Carlos sugeriu o tradicional Bar Brahma, na esquina da Ipiranga com a São João, mas as amigas de Joana, preocupadas com sua segurança, a convenceram a mudar o date para um bar mais próximo de sua casa.
Se primeiro encontro já é tenso, ele fica ainda pior quando é "às escuras". Mas o nervosismo e a ansiedade de Joana passaram logo, pois Carlos se mostrou um cavalheiro e a deixou muito à vontade. Foi buscá-la em casa, abriu a porta do carro e fez um elogio que a deixou mais segura: "Você existe! Nossa, você é muito mais bonita do que eu imaginava" (Joana também achou Carlos muito bonito!).
No bar, parecia que se conheciam há anos (estou falando sério, poi realmente rolou aquele "papo cármico" de "nossa, tenho a impressão de que já te conhecia"). Depois de muito blá, blá blá, o romântico (?) Carlos declamou um poema para a sonhadora Joana, que ficou ainda mais derretida (bom, tenho que dizer que eu teria achado isso meloso demais para um primeiro encontro. Acho que teria ido ao banheiro ligar para minha melhor amiga para contar que estava num encontro com um moço que declama poema na mesa de um bar).
Na hora de pagar a conta (ele pagou, ufa!), Carlos disse que tinha um presente para Joana, mas que ela precisaria ir à casa dele (não tem jeito, 9 entre 10 homens vão propor uma esticadinha logo no primeiro encontro).
A sensata Joana disse que não, mas estava tão fascinada por aquele moço, que depois de ele lhe prometer que não tinha segundas intenções, ela aceitou o convite (vejo essa atitude como uma LOUCURA, pois se pessoas que conhecemos há tempos podem nos supreender, imagina um estranho? Semana que vem postarei uma história que servirá de alerta para mocinhas que se arriscam indo para a casa de homens que mal conhecem). Graças a Deus, Carlos se comportou muito bem e apenas lhe "entregou" o presente. O que vocês imaginam que era?
A. Uma flor
B. Uma caixa de bombons em forma de coração
C. Um porta-retrato com uma foto dele
D. "Eu sei que vou te amar" tocada ao violão
Sim, caras leitoras. Carlos fez uma declaração musical para Joana!
Joana estava nas nuvens e mal dormiu aquela noite. Será que finalmente havia encontrado seu príncipe encantado?
Dias depois, marcaram o segundo encontro. Dessa vez no Bar Brahma, onde Carlos era bastante conhecido dos funcionários, pois já tinha se apresentado lá como músico. Carlos gostava mesmo de fazer surpresas. Dessa vez, levou Joana a uma das salas do bar, onde há um piano, e tocou... (adivinhem!) "Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar..." (ou ele realmente achava que a amaria por toda a vida ou seu repertório musical era um pouco restrito. E qual seria o instrumento musical que ele tocaria no terceiro encontro?)
De volta à mesa, Carlos recebeu uma mensagem no celular e comentou: "É um amigo meu que está fazendo entrevistas para entrar na empresa em que eu trabalho e quer umas dicas" (bom, acredito que Glorinha Kalil diria que não é de bom tom responder uma mensagem não-urgente em um encontro).
Logo em seguida, o celular tocou e ele não atendeu. Quando foi olhar o histórico de ligações recebidas, a esperta Joana, que estava ao seu lado, esticou o pescoço e conseguiu ler na tela o nome Patrícia Pratz (só lembrando que os nomes usados são todos fictícios).
Aquele nome a fez perder o chão. Patricia Pratz era uma amiga sua. Seria a mesma Patricia? O que o nome dela estaria fazendo no celular de Carlos? De onde se conheciam? Mil perguntas passaram pela cabeça de Joana, que teve de engolir o sapo e continuar sendo simpática o resto da noite.
Ao chegar em casa recorreu ao santo orkut (o que seria de nós sem as ferramentas modernas "de investigação"?). Entrou no perfil da amiga Patrícia e viu que ela participava da comunidade feita em homenagem a Carlos, cuja descrição dizia que ele era o homem mais fofo e cavalheiro do mundo. Carlos não tem orkut e eu preciso colocar aqui mais uma de minhas teorias - ok que existam pessoas avessas à tecnologia ou que não queiram se expor (eu tenho vários amigos "do bem" que não têm orkut), mas também conheço alguns rapazes que não o têm para não serem fiscalizados e poderem manter mil casinhos ao mesmo tempo sem serem descobertos tão facilmente. Portanto, olhos bem abertos com mocinhos sem-orkut!
É, Carlos e Joana eram mesmo amigos. Mas qual seria o grau de envolvimento?
Isso você ficará sabendo amanhã, na segunda e última parte desse post.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa....até aqui parace ser O CARA né??? Estou curiosa para saber o final desta história....rs.......vai ver a menina era só uma grande amiga dele...afinal, qual o problema???KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK....