sábado, 5 de junho de 2010

Parente é serpente

A pedidos, uma história que NADA tem a ver com dinheiro (aliás, como a maioria das narradas por mim nesse blog):
Fabíola e Julio namoravam há quatro anos quando ele resolveu dar um fim ao relacionamento, que todos acreditavam que daria em casamento. O término surpreendeu Fabíola. Na semana anterior, tinham ido juntos ao casamento da irmã de Júlio em Campinas (cidade onde ele morava) e tudo parecia bem. Como sempre, foi super bem recebida pela família do namorado e quando alguém perguntava quando eles trocariam alianças, Júlio não parecia incomodado ou confuso.
Uma semana após o término, Fabíola ainda tentava entender os motivos, fazendo uma retrospectiva dos últimos meses em busca de algum sinal. Não encontrou nada. Até que uma voz começou a persegui-la (Fabíola é medium): "Tem uma mulher, tem uma mulher...". Não bastasse isso, sonhou que abria a porta do quarto do namorado e o flagrava com uma loira na cama. Fabíola ignorou a voz e o sonho e seguiu em frente.
Mas algo lhe dizia que ela precisava falar com Júlio mais uma vez para ficar em paz. Então, um dia saiu do trabalho, pegou seu carro e seguiu sozinha para Campinas. Apenas uma amiga foi avisada.
Chegou em Campinas às 20h. Ao vê-la, o porteiro do prédio pareceu meio assustado. Fabíola pediu para não ser anunciada, mas como não confiou que ele fosse atender ao seu pedido, subiu correndo pela escada. Ao abrir a porta, Lúcia - a empregada - ficou mais branca do que um papel: "Dona Fabíola, você por aqui?".
Fabíola entrou como um furacão, cumprimentou todos que estavam na sala (mãe, pai e irmãos) e seguiu para o quarto do ex.
Ao abrir a porta, seu sonho tornou-se realidade: ali esava Julio nos braços de uma loira.
Sem perder a pose, Fabíola fechou a porta e saiu. Julio foi atrás dela tentar explicar o inexplicável, com aquela desculpa básica "não é nada do que você está imaginando".
Você deve estar pensando: "Julio estava solteiro, portanto, podia dormir com quem quisesse". Sim, podia. Mas Fabíola descobriu que aquele caso já durava meses e, PIOR, a única que não sabia era ela. Porteiro, empregada e toda a família eram cúmplices.
Será que esses pais gostariam que um homem fizesse o mesmo com a filha deles? Pois é, mas pimenta nos olhos dos outros é refresco...

11 comentários:

Anônimo disse...

bem feito. Viemos ao mundo para espalhar nossas sementes. Homem é como elefante. Precisa comer de varios galhos. E temos a tromba grande.
Conformem-se

Anônimo disse...

Por favor, poderia pedir para a Fabiola me passar os numeros da mega Sena ? que mentira hein, que historia fantastica, manda para a globo para virar novela.

Julio disse...

Fica tranquila Mari. Seus posts são mesmo fantasiosos mas não tratam de dinheiro. Quem tem fixação pelo tema dinheiro é a Fabi. Dinheirista a moça. Coitado do incauto que cair na dela. Se bem que do jeito que ta ela devia usar um avatar pra escrever pq a propaganda é das piores

Augusto disse...

entendamm o seguinte:A maioria dos homens não sente necessidade de se casar. Eles sabem que, quase sempre, o matrimônio acaba com o prazer do romance. E nos casamentos tradicionais, se a mulher decidir terminar a relação, o marido perde a casa, o acesso às crianças e eles são sempre acusados de não serem confiáveis, de serem workaholics e desprovidos de habilidades íntimas. Consequentemente, mais mulheres do que homens buscam o casamento, até porque muitas delas sofrem pressão da família, da sociedade e se preocupam com o "relógio biológico". Enquanto a solteirice masculina é vista com tranquilidade, é doloroso para a mulher ser rotulada de solteira.

ou seja, mudem a pegada

Anônimo disse...

Realmente esta história ta mais pra novela das 8 do que pra realidade....pelo amor de deus, sem comentários

Prof. Herodoto B. disse...

Meninas, uma das partes importantes do jornalismo escrito é ter um titulo e um abre que faça sentido com o resto do texto. Veja, parente é serpente não faz o menor sentido. Qual a falha que algum parente cometeu com nossa heroina? Ou então, talvez possivel e mais plausivel, vcs nao tenham entendido o sentido da expressão titulo. Ai sugiro se informar antes. Jornalismo basico, 2 semestre. Ainda bem que cancelaram a obrigatoriedade do diploma. Se é isso que vcs aprendem na escola, tanto faz quem escreve.

Renata disse...

Concordo. Pq só uma roteirista da globo ia pensar que 1) os pais do moço iriam entregar o proprio filho. Eu nao sou mãe ainda, mas jamais entregaria meu filho 2) que é uma situação confortavel e viavel todos no apartamento( que provavelmente nao era nenhuma mansão), na sala, empregada, familia todinha, e o cara transando a amante no quarto 3) colocar a culpa na familia dele é tão absurdo quanto colocar no porteiro. Ou vc tb acha que o porteiro tinha que ter ligado e avisado, simplesmente por ser a coisa certa a fazer? Peloamordi. Tão perdendo a pouca credibilidade que tinham. E olha que sou mulher.

Anônimo disse...

Fuquei com uma dúvida: O tal moço mal-carater que não vale nada e pelo qual a tal Fabíola se sentiu traída se chama Julio ou Juliano??
Assinado: A loira que permeia seus sonhos...

Anônimo disse...

Hahahahahaha....mto boa.....

Mari disse...

Bom, como esse post foi um pouco polêmico, resolvi esclarecer algumas coisas:

1. Júlio, obrigada pelo apoio.
2. Desculpa, me confundi e no final da história troquei o nome de Júlio para Juliano. Já corrii o erro.
3. Só coloquei a parte do espírito e do sonho no texto, porque foi assim que Fabíola me contou a história. Concordo com quem não acredita. Mas a parte em que ela encontra o ex no quarto com uma loira (SIM, com a família em casa) é real, independentemente dos "sinais" recebidos.
4. Ó fato de a família estar reunida na sala, enquanto Júlio estaba no quarto com uma mulher (em nenhum momento disse que estavam pelados, transando ou nada do tipo) não é fantasioso, pois não foi a primeira história desse tipo que ouvi.
5. Concordo que a mão jamais entregaria o filho, por isso todas nós mulheres corremos o risco de passar pela mesma situação que Fabíola. OK, entregar seria querer esperar muito de uma mãe, mas aceitar que o filho mantenha duas namoradas e leve as duas para casa é demais, não? E quanto ao porteiro, não o culpei. Apenas quis dizer que Fabíola, como toda pessoa traída fez papel de palhaça durante meses, pois foi a última a saber da traição.
6. Professor Heródoto B. (seria Barbeiro?), desculpa, mas eu não preciso de aulas de jornalismo básico, pois meu professor Matinas Suzuki me deu excelentes aulas. O foco da história que narrei é a cumplicidade da família com a bigamia de Júlio e não os sinais de outro mundo recebidos por Fabíola. Portanto, considero o título pertinete. Conheço o sentido da expressão "parente é serpente" e, ao meu ver, a falha da família foi permitir que o filho mantivesse duas mulheres (durante a semana levava uma moça pra casa e no fim de semana a namorada oficial).

É isso, leitores. Muito obrigada por acompanharem este blog. A visita e os comentários de vocês são muito importantes. E é isso mesmo que queremos: discussão acerca dos temas tratados aqui. Algumas histórias são mais fantásticas e inacreditáveis que outras, mas todas são verídicas, pois sou jornalista, não escritora (e não tenho o dom de criar histórias). Infelizmente, estamos rodeados por histórias bizarras como as que contamos aqui. É necessário apenas estar atento a a elas. E eu estou (e muito).

Um abraço a todos,

Mari

Cynthia disse...

Que polêmica, menina! Mas, infelizmente, sei que, de "mística", só a parte dos espíritos mesmo. Coitada da Fabíola... só que agora me passou pela cabeça que talvez a família fosse contra, mas não conseguiu controlar o moço. Vai saber, né?