quarta-feira, 10 de junho de 2009

“Fica bem, você vai sair dessa”

Betina, de 24 anos, e Rodolfo, de 26, namoravam há três anos e meio e tinham planos de trocar alianças. Um mês após uma viagem romântica onde fizeram juras de amor à beira da lareira, Betina foi surpreendida com a frase: “É melhor pararmos por aqui”. Pararmos o quê? A conversa? Não, o namoro! Não haveria problema algum Rodolfo propor o término assim se não fosse pelo telefone, às 23h30, durante uma conversa rotineira antes de dormir. E simplesmente porque Betina concordou que ele saísse na sexta-feira só com os amigos, mas disse que gostaria de vê-lo ou de ir junto já que só se encontravam no fim de semana. Será que se Betina tivesse concordado numa boa com a saída de Rodolfo, sem argumentar, o namoro teria continuado por mais algum tempo? Ou ele encontraria outra desculpa para terminar a relação?

Betina insistiu em saber os motivos do término, mas não obteve resposta. Rodolfo disse apenas: “Mais pra frente a gente conversa”. Mais pra frente quando, meu bem? No caso, Betina está esperando uma explicação convincente até hoje, cinco anos depois.

Para piorar:
Alguns dias depois, Rodolfo ligou pedindo para Betina deixar suas coisas na portaria. Ainda querendo uma explicação (merecida), ela passou duas horas sentada no hall do prédio até que o ex chegou e quase enfartou ao vê-la. Nesse dia, mais duas pérolas foram ditas:

Pérola 1 - “Perdeu o encanto”. Se você nunca ouviu essa frase de um namorado, você deve ter ouvido algo parecido, como “nosso namoro caiu na rotina” ou “preciso de um tempo para curtir a vida”.

Pérola 2 - “Fica bem, você vai sair dessa”. Se só Betina estava “nessa”, Rodolfo parecia já estar em outra. Bingo! Uma semana depois ele aparece no aniversário do irmão acompanhado de uma colega de trabalho, com quem se casou.

A causa?

Quando é hora de terminar um namoro os homens parecem ingerir uma dose de imaturidade, insensibilidade, covardia e pânico (?). Afinal, qual a dificuldade de serem honestos e colocarem tudo em pratos limpos? Será que não merecemos um mínimo de consideração pelo que fomos e vivemos enquanto tudo ainda eram flores?

A consequência?
Como na maioria dos casos, Rodolfo virou a página e iniciou uma nova história (que cá entre nós já existia, ?), enquanto Betina (como milhares de mulheres) se traumatizou e até hoje fica com o pé atrás de mergulhar de cabeça em uma nova relação, sempre com medo de que a história se repita.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mari, Adorei ler suas palavras mais uma vez!!

Um beijo grande de sua amiga pra sempre

Maria Fernanda

Thaís Pacheco disse...

Ai, o medo do repeteco é a PIOR COISA DA VIDA!