segunda-feira, 20 de julho de 2009

É dando que se recebe? - FINAL

Apesar de a história (para os que não leram – CONFIRAM o post original mais abaixo...) não ter registrado muitos comentários oficiais aqui no blog, fora dele muitas pessoas ficaram curiosíssimas em saber se:

1. Realmente essa história tinha acontecido de verdade com alguém; (SIM!)
2. O cara foi mesmo tão sacana a ponto de insinuar que Suzana fosse uma “profissional do sexo”; (SIM!)
3. O que aconteceu depois daquela cena BIZARRA... Afinal, o que foi que Suzana fez?

A verdade é:

Ele realmente abriu a carteira assim que percebeu que Suzana estava dando o fora! (porque dentro é que num ia "dar" mais nada mesmo... afe!) E, foi por conta dessa atitude ABSURDA de Reginaldo, que Suzana não ficou para conferir se alguma das alternativas iriam se confirmar... Ou seja, ela nem se deu (desculpem o trocadilho mais uma vez, mas neste caso, ainda bem!) ao trabalho de perguntar se seria a alternativa B ou a C...

Tá bom, eu explico melhor: as duas únicas certezas que tenho é que ela não saiu de lá 50 reais “mais rica”, mas, pelo menos, também não precisou pagar a conta do motel...

O diálogo final se resumiu a isso:

Reginaldo: - Vai mesmo [embora]?
Suzana: - Claro!
Reginaldo: - Que pena...
(pena de quem? Só se for da coitada da xoxota que passou a noite desprotegida correndo um risco de pegar um resfriado...)

Ele volta pra cama e literalmente CAI NO SONO e começa a roncar!
E Suzana (simplesmente!?) saiu de lá agradecendo aos céus por terem evitado que ela cometesse um assassinato no motel – “numa história digna de Nelson Rodrigues”.

Apesar de ter pensado nas três alternativas, sinto muito leitoras, não há uma a ser confirmada. Ficou apenas a sensação de que pudesse ser uma das três e, convenhamos, toda a situação e a atitude do cara a fez imaginá-las!


A resposta do título: Se é dando que se recebe? Nesse caso, valem interpretações...
1. A ideia original de Suzana era essa: uma noite de puro sexo e prazer, bem recompensada para ambas as partes e nada mais. Ou seja, ela daria e receberia prazer, não dinheiro, qualé mané?
2. Dar uma de “homem” (esclarecendo: “sair à caça”), nem sempre parece uma opção viável e com final feliz para o sexo feminino. Ou seja, damos apenas com a cabeça na parede e recebemos uma bela de uma dor na consciência no dia seguinte...
3. A última análise que coloco aqui é justamente essa questão machista que não vem somente dos homens. Implícita na nossa bagagem, educação e valores, até mesmo, nós mulheres, julgamos a situação como propícia para que o tal Mané do Reginaldo pensasse que Suzana só poderia ser puta, depois de uma noite como aquela... (até mesmo Suzana pensou assim)


Por isso, agora, sou eu que pergunto:

Por que é que a gente não pode querer e ter o direito a DAR e RECEBER uma noite de sexo casual, apenas para “resolver” uma necessidade sem que sejamos julgadas como “vagabundas”?


P.S. Azar dos Reginaldos que existem por aí... Vale muito mais uma Suzana bem resolvida e determinada a não se intimidar com uma bizarrice dessa...

2 comentários:

Unknown disse...

Ahhhh, me deixou curiosa esse tempo todo de graça??!!! Rss...
Parabéns Mel, adorei essa!
Bjs

Rê Piza disse...

Eu acho que o direito a fazer o que bem entendemos é nosso e ninguém tasca. Quanto a ser julgada assim ou assado, vai depender do nível mental da outra parte, vcs não acham? E se o sujeito achar que uma transa despretensiosa é coisa de vagaba, melhor que mostre logo o que pensa, assim ele me desobriga a perder tempo com alguém preconceituoso e machista e fica livre pra procurar moças bem parecidas com a mãe dele. Né não?! :D