quarta-feira, 22 de julho de 2009

O príncipe virou um sapo

Laura estava animada! Seu encontro com o jornalista Carlos, um ex-colega de faculdade, tinha tudo para ser perfeito. Um quarteto de cordas austríaco no Teatro Municipal era o programa dos sonhos. Estava tão feliz que nem se importou em pagar R$200 pelo convite.
Uma semana antes do tão esperado dia, Carlos ligou e propôs que se encontrassem no Teatro (Como assim ele não iria buscá-la?). Ao desligar o telefone, um pouco decepcionada, sentia que seu dia de princesa tinha perdido um pouco do brilho.
No sábado, estava linda em seu vestido verde! (Merecia que um gentleman viesse buscá-la em casa, esperasse do lado de fora do carro e abrisse a porta para ela. Mas como nem tudo é perfeito...). Após se perder pelas ruas do centro da cidade, enfim chegou ao teatro. Carlos já estava lhe esperando... Ele e um AMIGO, que carregava uma mochila (?). Como estava alguns minutos atrasada, sugeriu que entrassem. Foi quando Carlos lhe informou que ela teria que entrar sozinha porque ele e o amigo ainda não tinham convite. Iriam esperar a apresentação começar para comprar os ingressos que sobrassem e que costumam ser vendidos a R$10. (Vocês se lembram de quanto Laura pagou? Só para refrescar a memória, R$200).
Irritada, deixou a dupla dinâmica lá fora e entrou. Minutos depois, Carlos apareceu e sentou-se EXATAMENTE ao seu lado (por R$190 a menos). A partir desse momento, Laura não se lembra de mais nada. O teto poderia ter desabado que ela não perceberia. Só conseguia pensar: "Burra, Burra, Burra".
Ao final, Laura inventou uma desculpa e foi embora para casa. Seu encontro perfeito se tranformara em pesadelo e, em vez de uma história romântica, tinha mais uma bizarra para contar às amigas.
Depois de vários convites (sempre para concertos) negados por Laura, Carlos se tocou e sumiu. Só reapareceu quatro anos depois. E adivinhem pra quê? Claro! Para convidar Laura para um concerto! Laura não havia se esquecido da catástrofe que fora seu último encontro com Carlos, mas resolveu lhe dar uma nova chance. Quem sabe após tanto tempo ele não estaria mais cavalheiro? (Façam suas apostas).
Novamente marcaram de se encontrar na porta do teatro (Bom, tenho uma amiga que diria: "poxa, vai ver que ele não tem carro").
Mais uma vez Laura escolheu um vestido lindo, clássico, e foi ao encontro do sapo Carlos, com a esperança de que ele virasse um príncipe. Ao chegar, lá estava ele e o MESMO amigo, novamente carregando uma mochila (seria a mesma?). Após esse déjà vu, Laura ficou surpresa ao ver nas mãos de Carlos DOIS convites. Sim, ele comprou o dela (mas preciso informar que dessa vez os preços eram populares e a entrada custava R$7,50, porque eram estudantes). Laura agradeceu, feliz pelo cavalheirismo, mas a alegria durou pouco, porque logo Carlos respondeu: "Tudo bem, depois você me paga um café". Não, não foi uma brincadeira. Após o concerto foram mesmo tomar um cafezinho e na hora de pagar a conta, Carlos abriu a carteira e disse: "Não tenho um centavo". Laura pagou os R$5 (ainda devia R$2,50, já que o ingresso custou R$7,50) e foi embora para SEMPRE da vida do sapo jornalista.

4 comentários:

Marilia disse...

kkkkkk....sem comentários...esse aí tá competindo com aquele que dividiu uma padaria de R$9,00...hehehehe.....
Beijosss

Thaís Pacheco disse...

Jisuis! Q pesadelo!

Meu amigo já me deu esse conselho: "Nascer pobre é destino, casar com homem pobre é burrice!"

Fabi disse...

O encontro tinha tudo para ser um sonho, mas foi simplesmente um pesadelo. Mari, o relato ficou sensacional!!! Como você sabe, estava ansiosa esperando por essa história. Apesar de trágica, é a minha favorita. Se a fonte não fosse segura, com certeza, eu duvidaria...rsrs

cris disse...

KK Muito bom Mari ...

E tem uns figuras assim mesmo !!!
Depois da uma olhadinha no meu blog !!!

Saudades de vc viu !