sábado, 12 de dezembro de 2009

Um tapinha não doi?

A doce Sandra não acreditou quando Lúcio, seu paquerinha da época da faculdade (que nunca tinha lhe dado bola - mais por timidez do que por falta de interesse), lhe tirou para dançar no casamento de um amigo em comum. "Que evolução!", pensou Sandra, toda empolgada.

Dançaram uma, duas, três músicas. E a cada minuto que se passava, Sandra ia ficando mais ansiosa e excitada. Onde aquilo iria acabar? Acabou no quarto de hotel no qual ela estava hospedada (a festa tinha sido em uma cidade do interior de São Paulo). Lúcio estava hospedado no mesmo hotel.

Sandra, que sempre foi a mais certinha da turma, pensou: "Sabe de uma coisa, cansei, uma transa casual não faz mal a ninguém".

O clima estava mais quente do que o do inferno. Os dois estavam completamente nus, ela sentada na beirada da cama e ele em pé à sua frente, quando a temperatura despencou a menos de zero graus... O motivo? Lúcio deu um tapa na cara de Sandra, que ficou tão atônita, que não conseguiu dizer nada (de fora é fácil criticar. Eu mesma disse: nossa, eu expulsava ele do quarto na hora, mas quando você está na situação nem sempre as coisas são tão simples. Por isso, entendo a ausência de reação de Sandra).

Lúcio continuou agarrando Sandra, que querendo acabar logo com aquilo, usou suas delicadas mãozinhas para satisfazer o ex-tímido (agora sado) Júlio, que assim que gozou caiu nos braços de Morfeu.

Duas coisas me chamaram a atenção nessa história:

1. OK. Tem gente que gosta de dar e/ou receber tapinhas durante a transa, mas na primeira vez? Numa transa casual? Acho que isso requer um mínimo de intimidade e a certeza de que seu parceiro também curte esse tipo de coisa. E aí é que entramos na minha segunda consideração:
2. Julio conhecia Sandra há 9 anos, tempo suficiente para perceber que tapas (ainda mais na cara) não combinavam com ela, que até então só tinha transado com namorados.

Algumas hipóteses:

1. A bebida. Sempre ela... Já disse isso aqui e repito: bebida não muda o caráter das pessoas, só ajuda a soltar o que já faz parte dele.
2. Júlio estava tão excitado de ficar com Sandra depois de tanto tempo, que se descontrolou.
3. A timidez era só fachada. Por trás dela temos um sadomasoquista.

Mas seja lá o que aconteceu naquela noite, deixou Sandra chocada, afinal foi o primeiro e único tapa na cara que recebeu em seus 29 anos de vida.

Um comentário:

Unknown disse...

Mais facil meter o tapa na cara de uma garota que vc nao pretende ver mais (pelo menos hipoteticamente, afinal se a transa for sensacional) do que em alguem que vc namora/fica/pega sempre,

Em sexo casual a gente pode se soltar muito mais rapido, nao precisa se preocupar muito, afinal amanha ja acabou.

Obviamente que ja passei por situacoes frustantes, de garotas que queriam cobrar algum tipo de coisa que nao estavam em meus planos.

Julio exagerou com o tapa na cara, mas Sandra tb nao estava excitada o suficiente para recebe-lo, o respeito é muito importante, mas até onde vai o tratamento por alguem que vc nao sabe como quer ser tratado? Sua vontade imperará?