domingo, 16 de maio de 2010

Quando os pais têm razão

Raquel tinha 18 anos quando se apaixonou à primeira vista pelo lindo e sedutor Donatello (o pintor renascentista - ou tartaruga ninja - era outro, mas como preciso preservar os envolvidos o chamaremos assim), um pouco mais jovem que ela, durante as férias de janeiro no Guarujá, onde tinham apartamento em prédios vizinhos.
Contrariando o ditado, o amor de verão subiu a serra e eles começaram a namorar, para desgosto dos pais de Raquel, que sonhavam com um rapaz mais promissor para a filha (Donatello, que pertencia a uma família humilde, estava no colegial e não demonstrava intenção de ingressar numa faculdade e muito menos de procurar um emprego). Enquanto Raquel já estava no primeiro ano da faculdade, Donatello ainda estava "no esquema escola, cinema, clube, televisão".
Apaixonada, Raquel enfrentou os pais, que lhe cortaram a mesada, deixaram de pagar sua faculdade e pararam de falar com ela. Foram tempos difíceis. Raquel começou a trabalhar, pediu bolsa na faculdade e passava o final de semana inteiro na casa do namorado, pois não podia convidá-lo para ir na sua.
Sem dinheiro, passavam o fim de semana todo em casa com a família dele, que não era das mais católicas (a mãe e o padrasto viviam quebrando o pau e a irmã mais nova era uma piriguete - apesar de esse termo nem existir na época).
Mas o amor parecia lindo e, assim, viveram durante três anos. Até que, um belo dia, Donatello acordou com uma ideia na cabeça e nenhum dinheiro no bolso para executá-la. Queria comprar uma van para vender cachorro-quente em uma praça perto da casa dele. Nisso, Raquel já estava quase se formando na faculdade.
A namorada boazinha, contente com a decisão do namorado de sair do ócio, se ofereceu para emprestar o dinheiro para a compra da van. Assim, retirou todas as suas economias da poupança e entregou a Donatello. Dizem que pessoas apaixonadas ficam cegas, né? Pois Raquel estava completamente. Não ouvia nem seus pais nem as amigas, que tentavam alertá-la de que Donatello era folgado e se aproveitava dela.
Claro que Raquel não pediu para Donatello assinar nenhum contrato nem colocou o carro em seu nome... Acho que você já pode imaginar o que aconteceu, não? Pouco tempo depois, Donatello deu um pé na bunda de Raquel e se mandou com a van, que afinal era dele. Ele até disse que pretendia devolver o dinheiro, mas 14 anos se passaram e Raquel não conseguiu recuperar nem um tostão.
Hoje, Raquel é casada com um moço que seus pais adoram e tem duas filhinhas lindas. Donatello, da última vez que Raquel o encontrou na rua há alguns anos, estava com um visual meio emo e se dedicando à carreira de modelo (com um book fotográfico debaixo dos braços)... Ah, e nem tocou no assunto "dinheiro emprestado".

7 comentários:

Anônimo disse...

vcs ficam metendo o pau nos homens, e desse jeito, nem um deles vai fazer o mesmo com voces.

Mari disse...

Mas é isso mesmo o que eu desejo. Que eu nunca tenha que passar por nenhuma dessas situações bizarras.

Fabi disse...

Eu tb espero que não façam o mesmo com a gente. Ninguém merece sair, namorar ou casar com esses tipinhos bizarros.

Anônimo disse...

tão encruadas que não entendem nem uma piada de duplo sentido.

Mari disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mari disse...

Bom, até hoje esse anônimo não deixou nesse blog um comentário inteligente ou que gerasse uma discussão. Só sabe dizer que vamos ficar para titia. Por que te incomodamos tanto? Gostaria de ouvir seus argumentos em defesa dos homens que citamos aqui. Com certeza, respeitaremos sua opinião, como respeitamos de todos que passam por aqui.

Anônimo disse...

Esse anônimo com "q" de recalque é aquele que fica em casa, não vive a vida, sempre tem um crítica pronta, não se relaciona e jamais vai estar disposto a ouvir, quem diria mudar. Também acho os textos aqui tendenciosos, mas eles expõe uma realidade, mulheres tolas e homens torpes e fúteis. É UMA realidade, não A realidade. Fecha esse PC, sai do quarto, e vai viver, pq a vida tá passando, vc ficando velho e ninguém te aguenta!
hahaha